domingo, 29 de setembro de 2019

Introdução à Nova Ordem Mundial - de Alexandre Costa [1 de 10]

É este um livro que oferece aos leitores informações que lhes permitem conceber as dimensões da arquitetura do poder mundial. Claro que - e nenhum leitor será tolo para conclui o contrário -, em suas poucas palavras, não descreve, e tampouco tem o autor a pretensão de o fazer, toda a estrutura do poder que nos oprime ao mesmo tempo que nos seduz ao ofertar-nos produtos e serviços que atende aos nossos sonhos, aos nossos mais baixos instintos. À leitura dos três primeiros capítulos, empreendida, hoje, 16 de agosto de 2019, interrompida na sessão que trata, em poucas palavras, da família Rothschild, à esta dedicando uma página, dá o autor uma amostra, ao mencionar, numa visão geral, a ação dos Rothschild na guerra entre a Inglaterra e a França, esta nação então sob o comando de Napoleão Bonaparte. Além destas informações, há outras, que ajudam a quebrar falsas idéias e destruir pensamentos ingênuos acerca da política mundial.
Nas primeiras páginas de sua obra, trata o autor dos três esquemas globalistas, idéia muito cara ao filósofo Olavo de Carvalho (citado pelo autor): o esquema islâmico, do Califado Universal - esta denominação não empregada pelo autor, mas é de uso corrente por Olavo de Carvalho -; o russo-chinês (eurasianismo); e o globalista financeiro, ocidental, idealizado pelo Consórcio, segundo o já mencionado Olavo de Carvalho, cujos estudos são de valor inestimável e cujo nome é onipresente nos trabalhos de estudiosos respeitáveis, comprometidos com a verdade, dedicados à ciência, e não nos dos cujo único bem é a má-fé, fruto da má-vontade, inspirada, esta, pela inveja, rancor e ressentimento que deles alimentam o ódio o qual eles, em vão, esforçam-se para ocultar sob uma camada (película translúcida facilmente rasgável que eles acreditam um bloco de concreto a conservar ocultas de todos suas almas carcomidas) de simulação de amor pelo conhecimento, pela ciência e pela verdade e de falsa preocupação com o destino da humanidade.
A Nova Ordem Mundial - segundo Alexandre Costa um sonho concebido deste tempos imemoriais, que remontam os primórdios da civilização - está em vias de ser concretizado. Com o bombardeio de informações desencontradas, estímulos à conduta desregrada, descompromissada, por meio da ONU, visam os financiadores da NOM a aniquilação da civilização ocidental, seu inimigo visceral; para tanto, almejam suprimir da História todos os traços do cristianismo e a demolição dos edifícios das soberanias nacionais. E é a mensagem de Jesus Cristo o principal alvo dos idealizadores da Nova Ordem Mundial, pois tem ela poder para sustentar a civilização em que vivemos. O poder disruptivo da NOM manifesta-se em todo lugar, em todos os países. Para se substituir a civilização atual, erguida sobre três alicerces - cristianismo, a filosofia grega e o direito romano (dos quais nascem a alta cultura, produto da mente de indivíduos de talentos singulares, excepcionais dedicados ao misticismo, à arte (literatura, pintura, escultura, música, teatro, arquitetura e cinema - se faz, obrigatoriamente, a necessidade de eliminar os valores que a sustentam, ou gradativamente, ou com a promoção de uma ruptura violenta, por meio de guerras, se necessário, o que fariam os potentados sem pestanejar, sem nenhum peso na consciência, financiando conflitos que venham a ceifar a vida de milhões, de dezenas, de centenas de milhões, talvez de bilhões, de seres humanos - apenas números nas estatísticas de organizações mundiais que os globalistas financistas, banqueiros internacionais. A guerra que os idealizadores da NOM financiam é contra,  acima de tudo, o cristianismo, o Corpo Místico Cristão, que tem de se ver contra três frentes de combate, os quais, embora antagônicos nos pontos essenciais, de longo prazo, são aliados de ocasião nas questões imediatas, prontos para se entredevorarem assim que pisotearem o cadáver putrefato do inimigo comum, a Civilização Ocidental. Muito sangue irá correr pelos rios do mundo antes de se tornar realidadr o tão sonhado admirável mundo novo dos Rothschild, Rockefeller e outros apaniguados auto-intitulados donos do mundo. Se eles serão engolidos pelo leviatã global que estão a alimentar é outra história.
*
Adendo 1: hoje, 29 de setembro de 2019, ao digitar o texto acima, deparei-me com uma incorreção. Afirmei que o nome de Olavo de Carvalho é onipresente no trabalho de estudiosos sérios e não nos dos inescrupulosos. Reconsidero: o nome Olavo de Carvalho está onipresente, também, nos trabalhos destes últimos, irrelevantes, de nenhum valor literário e filosófico, pois tais criaturais, não tendo nenhum apreço pelo estudo sério, impelidas pela inveja e ódio que as consomem, ao se referirem ao mais influente intelectual brasileiro vivo, cospem as suas diatribes diabólicas, expondo-se, inteiramente, com as suas mendacidade moral e miséria intelectual, tendo em mente um, e apenas um objetivo: ferir a reputação de um homem que lhes é superior em todos os aspectos, infinitamente superior (e que todos compreendam esta hipérbole).
Adendo 2: as primeiras páginas deste livro de Alexandre Costa e outros textos inspiraram-me um pensamento: os liberais, que se declaram autênticos defensores da liberdade, atuam contra o Estado, encontrando nesta instituição o opressor encarnado - o que, entendo, é uma rematada tolice, pois o Estado, tão amaldiçoado por eles, pode ser, também, a depender de quem ocupa os postos chaves de sua burocracia, o libertador. Mas o ponto que quero mostrar, aqui, é outro: os liberais têm no Estado, e só no Estado, o agente de opressão; e não entendem, ou não querem entender, que as empresas podem - e são - tão ou mais opressivas que o Estado; além disso, em defesa de seus interesses - muitos deles escusos - financiam Estados autoritários, ditatoriais, totalitários. Conhecem os liberais este traço da realidade?

Ninho de morcego

Para muita gente o morcego é um animal repulsivo, asqueroso, demoníaco. Compreendo a aversão (mas eu não compartilho dela) que tal gente sente por tal criatura, pois conheço a lenda de Drácula, da Transilvânia, o vampiro mais famoso do universo, lenda que, ensina-nos a história, foi inspirada no morcego - ou é a má fama do morcego inspirada na biografia de Conde Vlad III Dracul, famoso personagem da história romena.
O morcego, entendo, é um animal fascinante, e tão fascinante que me despertou o desejo de estudá-lo. E ao estudo de tão extraordinária criatura dedico-me há vinte anos. E hoje decidi compartilhar com todos os que me lêem de alguns dos conhecimentos que reuni em duas décadas de estudos de animal tão difamado, animal cuja imagem se confunde com a do crudelíssimo Drácula, imortalizado, este, pelo escritor Bram Stoker.
Sem delongas, digo: nos estudos de ornitologia aprendi: cada casal de morcegos, constituído de um macho e uma fêmea, durante os meses de acasalamento, reprodução e cuidado com os filhotes, constrói, nas árvores, ou nas cavernas, um ninho - composto de pequenos galhos, folhas e terras - de ponta-cabeça. A fêmea, fecundada, põe, em cada ninhada, três pequenos ovos, cada um deles dotado de dois minúsculos pés, cujos dedos, finíssimos, engancham-se nos galhos que compõem o ninho. Assim que os ovos eclodem, os filhotes, deles retirando-se, largam-se no espaço, abrem as asas e voam livremente, com a desenvoltura de voadores experientes. Encerro aqui o meu artigo, pois não pretendo estendê-lo a ponto de emprestar-lhe as dimensões de um tratado ornitológico. Pretendi, unicamente, dar a público algumas curiosidades a respeito de animal tão deslumbrante.
Em outra oportunidade, que se me oferecer, compartilharei com vocês que me lêem o conhecimento que acumulei da vida das baleias jubarte nos dez anos durante os quais dediquei-me ao estudo de ictiologia.
Nota de rodapé: um esclarecimento: o morcego fêmea põe ovos, e não bota ovos, pois botar é verbo intransitivo, sinônimo de fabricação de botas, sabe todo herdeiro dos lusitanos conhecedor do idioma de Camões.

sábado, 28 de setembro de 2019

Bolsonaro na ONU

Em um universo paralelo, o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, apresentou, na ONU, um discurso ao gosto dos esquerdistas e dos isentões:
"Meus senhores, peço-vos desculpas por ousar desafiar-vos. Reconheço-me, meus senhores, um homem desprezível, torpe, malcriado, ignorante, que não merece sentar-se na cadeira de presidente do Brasil. Sei, hoje, e confesso, compungido, com dor no coração, que eu não tenho nenhum preparo para o exercício da presidência do Brasil; que os meus adversários nas eleições de 2018, sim, têm. Os senhores Fernando Haddad, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos e João Amoêdo e a senhora Marina Silva são seres superiores, de moral ilibada, dignos representantes do panteão divino da política brasileira; qualquer um deles, no Palácio do Planalto, promoveria um trabalho exemplar e faria do Brasil um país rico e próspero, sem fome, sem pobreza, sem miséria, sem injustiça, sem desigualdade de renda, sem privilégios para os políticos, sem violência, sem analfabetismo, sem semi-analfabetismo, sem desperdício de recursos públicos, sem opressão, sem tráfico de drogas, sem roubos, sem assaltos, sem estupros, sem crimes de colarinho branco, sem balas perdidas, sem desvios de dinheiro público. Os assaltos, os roubos, os assassinatos, os latrocínios, e outras atividades laborais, que, hoje, contra o bom-senso univeral, são dadas como crimes, em atendimento à excelência da ideologia socialista, que, em sua sabedoria eterna as tem como meios de eliminação da desigualdade de renda e de injustiças sociais, teriam reconhecimento legal, e os seus profissionais gozariam de liberdade, salvaguardada por lei, assim, anulando, de imediato, e inequivocamente, todo o desprezo e a má imagem que eles possuem na atual política, nociva, repulsiva, de matriz cristã.
Reconheço, hoje, meus senhores, que incorri num erro gigantesco, imperdoável, ao lançar a minha candidatura à presidente do Brasil, e nela persistir, até obter a vitória, contra todos os prognósticos, antevistos pelos jornalistas, brasileiros e estrangeiros, que me apontavam como um político incapaz de governar o Brasil, um político bronco, truculento, estúpido, agressivo, ignorante, que traria prejuízos ao Brasil, pondo-o em rota de colisão com nações soberanas e organizações internacionais, todas promotoras da paz mundial, do bem dos povos e das nações. Reconheço, hoje, constrangido, que incorri em um erro imperdoável. Mereciam ocupar o cargo que ora ocupo um dos meus concorrentes à presidência. Infelizmente, eu não ouvi a voz da razão, e deixei-me seduzir pela minha vaidade, suscetível a influências nefastas; e, em minha ousadia, prejudico a vida de milhões de brasileiros.
E que ninguém se atreva a imputar aos senhores Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre, presidente do Senado, Dias Toffoli, presidente do STF, as dificuldades que ora o Brasil enfrenta. São todas de minha inteira e exclusiva responsabilidade. Penitencio-me diante dos senhores, meus senhores, certo de que eu irei flagelar milhões de brasileiros, que, até antes de eu assumir a presidência do Brasil, gozavam de opulência e segurança inigualáveis, recebendo, dos governos anteriores, todos de esquerda, o que há de melhor em educação, saúde e segurança, todas públicas.
O socialismo, meus senhores, ergueu nações ricas e prôsperas. A Venezuela, sob o comando de Hugo Chávez, homem de coragem irrivalizada e de profundo amor pelos venezuelanos, fez de seu país uma democracia exemplar, e seu sucessor, Nicolás Maduro, seguindo-lhe os passos, oferece aos venezuelanos a riqueza que só o socialismo pode proporcionar às pessoas. E a Venezuela, hoje, só não alcançou as culminâncias de uma nação suprema e não está inserida no rol das dez nações mais ricas e poderosas porque os Estados Unidos da América, sob governo do famigerado Donald Trump, o Grande Satã, assim o denominam os sábios aiatolás, impõem-lhe sanções econômicas que roubam aos venezuelanos vida paradisíaca que a política bolivariana de Nicolás Maduro, socialista, benfeifor da humanidade, lhes ofereceria. Infelizmente, os Estados Unidos, paranóicos, mentecaptos, ainda estão em pé e com a cabeça na Guerra Fria, enfrentando monstros imaginários, crentes numa lenda, que eles tomam como real: a que nos ensina que os comunistas comem criancinhas.
Quero pedir perdão ao senhor, sinhô Emmanuel Macron, mandatário da França, nação que, sob o vosso governo, prospera rapidamente, reassumindo o seu papel de liderança global, natural, seu de direito, inalienável, e reassegurando o seu poder de influência, que lhe escapava das mãos devido à negligência dos seus antecessores. Emmanuel Macron, meu sinhô, perdõe-me, eu vos suplico. Vós não merecestes o descaso, a indiferença com que vos tratei recentemente. Vós, meu sinhô, um homem humilde, probo, denodado, másculo, sacrifica-se, corajosamente, pelo bem do seu povo, e, também, pelo bem da humanidade. A sua abnegação é louvável, é heróica, é suprema. Vós sois, sinhô Emmanuel Macron, um herói portentoso, uma excelência entre vossos pares, o suprassumo do estadista, nobre, guerreiro audaz, de intelecto sagaz, encantador, de personalidade exuberante, de beleza deslumbrante, casado com uma diva, uma sílfide, uma deidade, uma náiade, mulher de maravilhosa beleza, que, de tão radiante, transporta ao paraíso todas as pessoas que a admiram, alumbrados, que lhe contemplam a majestosa figura. Renovo, sinhô Emmanuel Macron, os meus pedidos de perdão, eu vos suplico.
A Amazônia não é do Brasil. É um bem da humanidade, patrimônio universal. O Brasil não possui o desejo e nem a vontade de, nem a coragem para, defendê-la, conservá-la. É o Brasil negligente. O Brasil se nega a preservá-la. E sob o meu governo ela não será preservada. O Brasil abre mão da sua parcela da Amazônia e entrega a administração da sua preservação aos organismos internacionais. O Brasil não perderá quase a metade de seu território; ganhará a reputação, merecida, de nação generosa ao se dispor a ceder a Amazônia às organizações internacionais; reconhece os seus erros, a sua negligência, o seu descaso, ao cedê-la à ONU e organizações associadas e aos banqueiros internacionais, que a preservarão pensando no bem-estar da humanidade. A cessão o Brasil a faz ciente de que é o único responsável pela devastação da Amazônia, certo da boa-vontade dos organismos internacionais em extrair dela riquezas que irão eliminar a fome no mundo e aniquilar as injustiças sociais, as desigualdades de renda, as guerras. E que o presidente francês, sinhô Emmanuel Macron, assuma o governo do órgão que irá se encarregar da administração de todos os recursos extraídos da floresta amazônica e empregados para o bem comum da humanidade, e não para o atendimento de interesses pecuniários, mesquinhos, dos potentados internacionais. É o sinhô Emmanuel Macron o homem ideal para empreender tão ingente tarefa. Em auxílio a ele, sinhá Angela Merkel, mandatária da Alemanha, proba, correta, nobre personalidade, mulher de coração puro, de espírito imarcescível, cuja atividade à frente da mais rica e próspera nação européia é um modelo de administração pública eficiente, em defesa dos princípios morais eternos. E devo, aqui, humildemente, curvar-me diante de sinhá Angela Merkel, insigne modelo de mulher, e suplicar-lhe perdão pelo desplante com que vos tratei, imerecido, num rompante de arrogância, orgulho ferido e desdém; eu, um ser desprezível, merecedor de vergastadas, e do fogo do inferno, maculei, com palavras desabonadoras, a reputação de tão excelsa senhora. Sinhá Angela Merkel, suplico-vos o perdão, eu, vosso humilde servo.
Os meus antecessores no Palácio do Planato, homens nobres, excelsos, magníficos, merecem ter, em estátuas esculpidas em bronze, suas efígies, suas figuras heróicas, magníficas. Socialistas, sacrificaram-se pelo bem comum dos brasileiros. Os senhores Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva dedicaram-se oito anos cada um deles à direção do imenso, gigantesco Brasil, convertendo-o numa nação rica, próspera, sem desigualdade de renda, sem injustiça social, sem pobreza, sem miséria, sem fome; ofereceram ao povo brasileiro os bens mais preciosos que o socialismo, ideologia promotora de justiça e produtora de riquezas, pode oferecer: educação primorosa, reduzindo o analfabetismo a índices irrisórios; política de segurança pública eficiente, diminuindo os índices de violência ao do que se vê nas nações ricas; sistema de saúde público, tão vasto, tão eficiente, que atende a todos os cidadãos brasileiros, do mais pobre ao mais rico.
Meus senhores, o capitalismo produz miséria, sofrimento e morte; e o socialismo, riqueza, justiça, e ordem, e concede ao povo fartura de gêneros alimentícios, liberdade para expressar seus pensamentos, suas crenças religiosas. Venezuela e Cuba são, nas Américas, os melhores modelos do bem que o socialismo produz. Na Venezuela, cujo mandatário, Nicolás Maduro, um herói bolivariano, tem de enfrentar inimigos internos que querem alijá-lo da cadeira outrora ocupada por Símon Bolívar, o povo usufrui de todos os bens que a inteligência socialista criou, e em abundância.
As guerras religiosas são provocadas pelos cristãos, que caçam todos os adeptos de outros credos, e os dizimam. É o cristianismo o ópio do povo.
Cabe à ONU o governo mundial. A existência das nações soberanas é a causa das guerras, de mortandades. Todos os limites territoriais têm de ser abolidos, e imediatamente. E Israel tem de restituir o seu território aos palestinos, e Jerusalém aos islâmicos. Benjamin Netanyahu é um  sujeito desocupado, irresponsável e inescrupuloso.
E os Estados Unidos não podem persistir numa política egoísta, de respeito à sua soberania, nacionalista, à sua Carta Magna exclusivista, oposta à harmonia universal. O presidente Donald Trump tem de explicar o seu conluio com os russos, e, se não corresponder ao que lhe exigem, ser defenestrado da Casa Branca, cuja edificação ele não merece habitar; e  ele deve, também, desculpar-se ao senhor Barack Hussein Obama, um homem agraciado com a sabedoria e inteligência sublime, herdeiro legítimo dos sábios da antiguidade; e tem o dever moral de reconhecer a supremacia da China e curvar-se ante Xi Jinping, e cessar, e imediatamente, sua agressiva política comercial. É de direito da China a liderança mundial, econômica, cultural, política, militar. Resistir-lhe é sandice. E é Donald Trump um mentecapto.
O Brasil reconhece sua condição servil. Cede às organizações mundiais o governo da Amazônia. Encarecidamente, solicita à ONU política de emancipação das nações indígenas que se localizam em território brasileiro. E à ONU transfere o poder de definir as diretrizes de todas as políticas públicas brasileiras, desobrigando-a de prestação de contas ao Brasil.
E renovo, sinhô Emmanuel Macron e sinhá Angela Merkel, o meu pedido de perdão. Eu jamais me atreverei a vos faltar com o respeito que vós mereceis.
Encerro, dizendo: o Brasil submete-se, humildemente, às ordens de personalidades que, reconhece, constrangido, superiores, são detentoras da sapiência socialista, a única sabedoria autêntica, dom que lhes concede poder para eliminar todas as mazelas que afligem a humanidade. Obrigado."

domingo, 1 de setembro de 2019

Criminal Minds, episódio 12, 'Profiler, profiled", da temporada 2

No episódio 12, "Profiler, profiled", da temporada 2, de Criminal Minds, Derek Morgan (Shemar Moore), em visita à sua família, em Chicago, vai ao túmulo de um jovem desconhecido, indigente, morto muito tempo antes, e cujo cadáver ele havia, casualmente, encontrado; e assiste, no Upward Youth Center, um centro comunitário, a jogo de futebol de jovens. Encontra-se com um jovem seu conhecido, James, que lhe apresenta Damien, amigo dele. Na casa de sua família, comemorando o aniversário de sua mãe, recebe a visita do policial Gordinski (Skipp Sudduth), que lhe dá a notícia da morte de Damien, acusa-o do crime, e o conduz à delegacia. É chamada, então, a Chicago, a equipe da Unidade de Análise Comportamental, do FBI, sediada em Quantico, cujo um de seus membros é Derek Morgan.
Dirigem-se a Chicago Jason Gideon (Mandy Patinkin), Aaron 'Hotch' Hotchner (Thomas Gibson), Dr. Spencer Reid (Matthew Gray Gubler), Jennifer 'J. J.' Jareau (A. J. Cook) e Emily Prentiss (Paget Brewster), permanecendo, na sede, em Quantico, Penelope Garcia (Kirsten Vangsness), entre os computadores, com os quais tem uma ligação, dir-se-ia, telepática.
No transcurso da investigação, os detetives pesquisam o passado de Derek Morgan, a contragosto dele, que se recusa a narrar-lhes eventos sucedidos quase vinte anos antes, o que, suspeita-se, é indício de que em sua biografia, no capítulo que narra a sua juventude, ele havia incorrido em transgressões de cujas existências quer manter todos seus colegas na ignorância. Os detetives revelam-se incomodados com a postura que assumiram, a de, para benefício de Derek Morgan, escrutinar-lhe o passado, situação desconfortável revelada, em um curto diálogo, via telefone, entre Jennifer 'J.J.' Jareau e Penelope Garcia.
Os detetives do FBI não tinham escolha: viram-se obrigados, à intransigência de Derek Morgan em não lhes revelar o seu passado, a pôr em risco a confiança que ele neles depositava. Era o único meio, acreditavam, de livrá-lo da condenação por três assassinatos, e ser arremessado, por Gordinski, obcecado em prendê-lo, à prisão. Sempre que Aaron 'Hotch' Hotchner confrontava-o, solicitando-lhe o relato de episódios de sua juventude, Derek Morgan negava-se a atender-lhe à solicitação, que em alguns momentos soavam como súplicas, sublinhando a sua postura com a afirmação categórica de ser um direito seu conservar consigo certos capítulos de sua história. Pouco depois, Penelope Garcia, singrando o oceano de documentos digitais, descobre que Derek Morgan incorrera em transgressões, em sua juventude erradia, e que era ele personagem de uma ficha criminal, e que as acusasões contra ele haviam sido canceladas devido ao depoimento de Carl Buford (Julius Tennon), líder e herói da comunidade. A existência de tal documento surpreende Derek Morgan, que, incrédulo, persiste em sua atitude arredia, exibindo desconforto, constrangimento, visivelmente irritado, surpreso com a peça que o destino lhe pregava.
Na delegacia, Gordinski apresenta aos detetives do FBI os resultados que obteve em sua investigação de três casos de assassinato, cujo autor, estava convicto, era Derek Morgan. Na sua explanação, declarou que se persuadiu de que era Derek Morgan o assassino após consultar Jason Gideon, fornecendo-lhe informações de uma investigação a qual se dedicava e dele receber uma análise criteriosa do perfil da personalidade do criminoso, que, em abstrato, correspondia, acreditava, a Derek Morgan. Tal cena reforça a suspeita contra Derek Morgan, um homem de passado nebuloso, passado que ele escondia de seus colegas, seus amigos; e tal suspeita é contrabalançada por ponderações de Jason Gideon, Dr. Spencer Reid e Jennifer 'J. J.' Jareau, que declaram, em mais de uma ocasião, que Gordinski se embaralhava ao associar o personagem perfilado (no linguajar dos agentes do FBI, o personagem perfilado tem os seus traços de personalidade definidos, segundo estudos documentados de psicólogos criminais), por Jason Gideon, com Derek Morgan, pois a identidade entre o tipo definido, no perfil, e a personalidade de Derek Morgan era o produto da obceção de Gordinski em prender Derek Morgan, e não de uma postura racional.
Após uma entrevista, na sala de interrogatórios, entre Aaron 'Hotch' Hotchner e Derek Morgan, e a visita de Emily Prentiss e do Dr. Spencer Reid à casa da família do acusado, e estes já regressados à delegacia, Dennison, um policial, braço direito de Gordinski, encontra, vazia, a sala de interrogatório, e Gordinski acusa Aaron 'Hotch' Hotchner de haver favorecido Derek Morgan ao facilitar-lhe a fuga. Neste ponto, está claro que há, de fato, na vida de Derek Morgan, algum fato nebuloso, e que não é Derek Morgan o vilão da história, e que não é ele um criminoso, um assassino, mas algum outro personagem, suspeita-se. E a trama, urdida, por alguma outra personagem, em desfavor de Derek Morgan, aproxima-se do seu desfecho.
E os policiais saem à caça de Derek Morgan. Este, chega na quadra da comunidade, onde James o aguarda. Nesta cena, o tom narrativo é distinto do do restante do episódio. É intimista. Derek Morgan e James conservam-se um do outro à distância considerável, e entabulam diálogo repleto de reticências, para não se machucarem com palavras inconvenientes - é possível prever que ambos os dois personagens irão revelar o segredo do qual Derek Morgan é tão cioso, o qual reserva religiosamente consigo. Enquanto desenrola-se o diálogo, Derek Morgan aproxima-se de James, lenta, e timidamente, os dois a lançarem-se um para o outro, alternadamente, uma bola de futebol americano. E Derek Morgan pergunta a James se Carl Buford levara-o à cabana. Aqui já está revelado o segredo de Derek Morgan: é Carl Buford, herói da comunidade, um abusador sexual de jovens, e ele, Derek Morgan, uma de suas vítimas. E assim que se põe bem diante de James, então ao alcance de suas mãos, Derek Morgan fala-lhe do abuso que sofreu na juventude, e de Carl Buford, o abusador.
Logo depois, na sala de Carl Buford, Derek Morgan confronta Carl Buford (diante de Gordinski, Dennison, e de Aaron 'Hotch' Hotchner e Jason Gideon, estes quatro ocultos). É a cena pungente. Carl Buford desmascarado, Gordinski e Dennison, e Aaron 'Hotch' Hotchner e Jason Gideon apresentam-se à cena. E Gordinski, enquanto dirige-se para a porta da sala, Carl Buford, algemado, sob seu domínio, olha, constrangido, para Derek Morgan, então em choro contido, ao passar por ele. E entrecruzam-se no meio do caminho o olhar de Derek Morgan com o de Jason Gideon e o de Aaron 'Hotch' Hotchner. E Derek Morgan, lágrimas nos olhos, abaixa, ligeiramente, a cabeça, e cerra as pálpebras.
No final, estão os personagens em um cemitério, diante de duas lápides, uma do túmulo de um jovem de identidade desconhecida, jovem que Derek Morgan homenageia, todo ano, com a sua visita, jovem cujo cádaver ele encontrara, acidentalmente, na idade de quinze anos, lápide que tem inscritos os seguintes dízeres: "Às crianças perdidas. Nós as amamos e sentimos saudades", e a outra, do de Damien, que, sabe-se agora, fôra assassinado por Carl Buford.
É "Profiler, profiled" um episódio emblemático. Dá à discussão um tema sobre o qual pouco se fala com a seriedade merecida, o do abuso sexual de jovens imberbes por homens feitos. O sofrimento da vítima de abusos sexuais, e no episódio tal valor está explícito, persegue-a no transcurso de toda sua vida. É um monstro que a transtorna, a perturba, a atormenta durante toda a existência, e da qual ela não pode escapar. Derek Morgan não superou a dor de saber-se vítima de abuso, e por uma pessoa em quem depositava confiança irrestrita, pessoa em cuja integridade todos os moradores da comunidade acreditavam. Embora bem-sucedido em seu trabalho de agente do FBI, profissional respeitado, os fantasmas de seu passado o atormentam.