sábado, 24 de agosto de 2019

O brasileiro, nativista

O brasileiro, desde que o mundo que é mundo, revela pendores nativistas. A obra de Gonçalves Dias e a José de Alencar não me deixam mentir. Embora ignore, na maior parte do tempo - por displicência, sua postura comum, já folclória, herdeira de Jeca Tatu - a existência da Hilea amazônica, a esta não dedicando seus pensamentos, ocupados com miudezas do dia-a-ĕdia, ama-a, e defende-a, acredito, com sinceridade, e, se espicaçados seus sentimentos por declarações imperialistas de herdeiros de antigos impérios, com orgulho, misturado com uma pitada de arrogância nativista, não se contêm e protesta em defesa dela, opondo-se às intenções colonialistas alienígenas; e é nestas ocasiões que a Amazônia, o tema Amazônia, uma abstração para muitos brasileiros, assume configurações de coisa real. E foi o que se deu após a declaração estapafúrdia, ridícula, estúpida, de Macron, presidente da França, nação em franca decadência.

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