sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Conspiração (Qui sème le vent, 2011, França). Diretor: Frédéric Garson. Estrelando: Laurent Lucas e Natacha Régnier.

Ninguém encontrará, neste filme de Frédéric Garson, cenas de perseguição de carros e de motos, e de lutas mirabolantes, e de explosões, todas de inspiração hollywoodianas, cenas que desrespeitam as leis da física e as do bom-senso. Não assistirá a lutas que se estendem por cinco, dez minutos, os protagonistas a se baterem, a se socarem, a se estapearem, a arremessarem uns contra os outros todos os objetos que encontram à mão, e tampouco a baterem a cabeça, testa contra testa, como se fosse este um ato sensato, inteligente, o golpe mais eficiente que durante uma luta uma pessoa pode desferir contra o seu oponente, derrubando-o, e conservando-se ilesa. E tampouco cenas em que os criminosos disparam rajadas de metralhadoras contra o carro, que o herói do filme dirige, transformando-o em queijo suíço, e do qual o herói, retirando-se sem um arranhão, com um tiro certeiro alveja o criminoso, matando-o.
Narra o filme uma sofisticada trama de política internacional, que envolve representantes dos governos da França, da China e do Níger, e os de uma empresa de exploração de urânio e os de uma ong ambientalista.
São sequestrados, no Níger, país situado no norte da África, outrora colônia francesa, dois pesquisadores de uma ong ambientalista, Jean-Michel (Frédéric Pierrot) e Coralie (Johanna Bah), que examinam o solo à procura de elementos que lhes sustentem a tese que defendiam: a de que a exploração de urânio poluía a região. E não se sabe quem são os sequestradores.
Hugo Geoffrey (Laurent Lucas), coadjuvado por Hèléne Morange (Natacha Régnier), ele, o policial francês encarregado da investigação e negociação com os sequestradores de Jean-Michel e Coralie, ela, representante da ong ambientalista para a qual trabalham os dois pesquisadores sequestrados, envolvem-se, entre tapas e beijos, e olhares de repulsa e de paixão, numa trama protagonizada por inúmeros personagens, cada um deles em defesa dos interesses ou de um governo, ou próprio, ou o de uma empresa, sendo impossível distinguir dos vilões os heróis; no filme não há espaço para maniqueismo: não há os legítimos representantes do bem e os autênticos representantes do mal. Todas as personagens envolvidas, diretamente, no caso entre governos e empresas de exploração de urânio são nebulosas, estão na penumbra, não na escuridão absoluta, tampouco iluminados por um astro radiante. E só faço uma ressalva à caracterização das personagens: numa exibição, presumo, de inegável amor, imerecido, inexplicado, injustificado, por uma visão de mundo ambientalista, melhor, onguista, as três personagens que representam a ONG ambientalista, Hèléne Morange, Jean-Michel e Coralie, são apresentados como seres abnegados, puros, imaculados. Tal detalhe, todavia, não reduz o valor do filme nem sequer em um centavo.
Enquanto se desenrola a investigação e as negociações - que se arrastam, com avanços e recuos inesperados, enervando os negociadores - com os sequestradores e com os representantes do governo do Níger, general Kassoum (Oumar Barou Quedraogo) e coronel Aboubacar (Emile Abossolo M'bo), e com os da empresa francesa Urania, que há décadas detém a licença, concedida pelo governo nigerino, de exploração das jazidas de urânio nigerinas, agora cobiçada pelo governo da China, que lança mão de expedientes reprováveis para obtê-la, Hugo Geoffrey tem contato com Yassine (Mohamad Zeidan), seu intermediário com os sequestradores, ou, melhor, com quem usa os sequestradores para fins obscuros.
O filme surpreende pelo tratamento realista dado à trama, sem concessões ao heroísmo de um indivíduo onipotente, que enfrenta, no muque, todos os seus oponentes, e pela ausência de cenas, grandiosas e desnecessárias, de perseguições mirabolantes de carros e motos pelo centro movimentado de uma cidade populosa. Não há cenas criadas unicamente para impressionar o público sugestionável e dele esconder a inexistência de uma trama bem concatenada. Prende a atenção usando, apenas, uma trama bem urdida: é impossível antecipar o seu desenlace; não se sabe quem ordenou o sequestro de Jean-Michel e Coralie e com qual propósito. Foi o governo da China? ou o da França? ou o do Níger?
Afirmei, no início, que não se encontrará em Conspiração (Qui sème le vent), cenas de explosão. De inspiração hollyoodiana, não, não se encontrará; no entanto, nos momentos finais, há uma cena de explosão, curta, de um, dois segundos, e se vê uma nuvem de fumaça elevando-se no horizonte, atrás dos prédios. E só.
É Conspiração (Qui sème le vent) um filme para quem aprecia o que de melhor a sétima arte pode oferecer.

domingo, 22 de dezembro de 2019

Perdendo a barriga

- Que pneuzinhos são esses?! Você necessita, e com urgência, de uma recauchutagem. Matricule-se numa academia. E exercite-se, todos os dias, para perder essa barriga obscena.
- Se eu perder a minha barriga, onde eu deixarei o meu estômago?

A fonte da sabedoria esquerdista

De onde os esquerdistas tiram as suas idéia? Para saber, basta assistir ao vídeo "Márcia Tiburi: o C* é mto bom, C* é LAICO, é (...)", que pode ser encontrado no Youtube, e ouvir as palavras sapienciais da filóso... fiofósofa Marcia Tiburi.

sábado, 21 de dezembro de 2019

Mensagem natalina da Dilma

Mensagem natalina da Dilma:
Meus queridos brasileiros e minhas queridas brasileiras. O Natal é... é... ele, o Natal, é uma criança. A criança... vai pra cá, vem pra lá, vem pra cá, vai pra lá... Tem um peru. O peru é... é, ele, o peru, o peru do Natal. Ele tem uma mandioca. Ela... ela, a mandioca, é... é... é do homem sapiens, e da mulher sapiens também. A mulher... a mulher sapiens também tem um peru. E... e o peru... o peru do Natal não é uma criança. Uma criança estoca vento no dentifrício. E depois que o vento sai, para o tubo de dentifrício ele não volta mais, porque o tubo mexe com a gente... tem a capacidade de fazer a gente olhar para uma criança; e... e... e uma criança tem uma figura oculta sempre que a gente olha para ela. Há uma figura oculta também... também... também há uma figura oculta atrás da mandioca do cachorro; e ela... ela... ela, a mandioca, é do peru do homem sapiens. E a criança... ela, a criança, é a mãe da figura oculta, que tem uma bola, que é o símbolo da nossa evolução. E o Natal é o dia do Menino Jesus. Ele... ele, o Menino Jesus, cresceu, mas é um menino, e é o professor, e é o pai, e é a mãe, e é os animais. E o menino Jesus... ele, o menino Jesus, é uma criança, e ela... ela, a criança, dobra a meta sempre que a mulher sapiens vai pra cá, vem pra lá, vem pra cá, vai pra lá... e tira vinte por cento de cem... e sobra sessenta por cento de treze da meta aberta pelo cachorro. Eu dizia: o meio ambiente é uma ameaça para o futuro do nosso planeta e dos nossos países porque... porque... porque ele... ele, o meio ambiente, dobra a meta ao enfiar no dentifrício do homem sapiens a mandioca da mulher sapiens. Mas isso não é importante... Eu vesti as sandálias da humildade. E vi... Eu vi, vejam vocês... Parei de ver, voltei a ver, e vi, e tornei a ver, e vi, e voltei a ver, que a mandioca comungou com o milho. Vamos saudar à mandioca, a mandioca do peru do Natal, eu, você, seu irmão, sua irmã, seu pai, meu tio, sua sobrinha, em diferentes horas do dia. A mandioca... ela, a mandioca... ela é uma das maiores conquistas do Brasil. E eu li um livro. Qual é o nome do livro?!?! Eu já falei demais... Eu quero falar para o meu povo amado que eu, eu... eu... estou muito emocionada. Desejo a todos vocês um feliz carnaval. Não é carnaval... É... É... Eu estou pensando no furacão Fukushima. Não quero criar confusão na cabeça de ninguém... Felizes festas. E que a figura oculta atrás do Menino Jesus dobre a meta. Saudações à mandioca, queridos homens sapiens e mulheres sapiens.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Mensagem natalina do Bolsonaro

Mensagem natalina do Bolsonaro:
A Greta é uma pirralha! O Zumbi dos Palmares é um morto-vivo! Não há girafas na Amazônia! Eu não botei fogo em Roma! Talquei!? Feliz Natal!

O novo grito dos excluídos

- E agora, companheiro. O Lula foi solto. E não podemos gritar "Lula livre". Vamos gritar o quê?!
- Não sei. Não... Espere! Que tal "Fernandinho Beira-Mar livre"!?
- "Beira-Mar livre! E Marcola também!"
- Beira-Mar livre! E Marcola também!
- Beira-Mar livre! E Marcola também! Beira-Mar livre! E Marcola também!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Lulistas e bolsonaristas

Lula foi julgado, e condenado em primeira e segunda instâncias. E os esquerdistas, indignados, esgoelam-se: "Lula é inocente" Lula é inocente".
Flavio Bolsonaro está sendo investigado. E os bolsonaristas esbravejam: "Se o Flavio fez besteira, que vá preso!"

Mensagem natalina do Lula

Mensagem natalina do Lula:
Companheiros, eu não bebo mais álcool. Agora eu só bebo gasolina. Que o coelhinho da Páscoa realize todos os seus pesadelos. Feliz dia de São Benedito. O povo me ama. Lula livre!

Cultura brasileira e os esquerdistas

Os esquerdistas, que dizem que pichação, Golden Shower (isto é, um marmanjo mijar na cabeça de outro marmanjo), homens enfiando o nariz no fiofó alheio e crianças tocando homem nu são obras de arte de elevado valor cultural, bostejam uma de suas infinitas sandices: o governo Bolsonaro, fascista como ele só, está destruindo a cultura brasileira. É de lascar!

É só um passo

- Nós vivemos sob um governo facista...
- A Venezuela tá logo ali, amigão. Pare de choramingar, arrume as malas e vá embora. Faça esse favor ao Brasil.

O viciado e o dependente químico

- O viciado...
- Não se diz "viciado". É preconceituoso. Diz-se "dependente químico".
- Por que "dependente químico"?
- Porque ele, o dependente químico, não consegue viver sem a substância química da qual ele é dependente.
- Você está querendo me dizer que ele, o dependente químico, é incapaz de resistir à substância química da qual ele é dependente, porque nela ele se viciou?
- Sim.
- Então o dependente químico é um viciado. Continuando: O viciado...

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Um diálogo amigável entre um viciado e um policial

Um viciado em drogas, sem dinheiro para comprar drogas, rouba um celular de uma mulher. É preso. Na delegacia, ele diz que roubou o celular para vendê-lo, e, com o dinheiro da venda, comprar drogas.
O policial, então, lhe pergunta:
- Se é drogas que você quer, então por que você não as rouba do traficante?
- Cê tá lôco,tio?! Ele vai me matar - replica o viciado.
E o policial responde:
- O traficante não vai matar você, não, nóia. Não se preocupe. Ele é bonzinho. Gente fina. Não é isso o que você sempre diz?! Eu, o meganha, é que sou o truculento, eu, o poliça, é que estou causando o genocídio negro, eu é que sou o miliciano, eu é que maltrato pobre e preto. O traficante, não. Ele é o cara legal. Ele é que dá para você o que a você dá prazer. Então, não se preocupe. O traficante é compreensivo. Ele vai entender você. Caso ele não entenda, diga para ele que você está apenas pondo em prática a lei de uma certa intelectual esquerdista, fiofósofa, que diz que há lógica no assalto. Ele vai entender."

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Conto de fadas moderno

No inferno, há muito, muito tempo, antes de haver luz, numa era de trevas, três criaturas demoníacas, Diabo, Satã e Lúcifer, defecaram, durante uma suruba infernal, pelas orelhas, o Karl Marx, o Lênin, o Stálin, o Mao, o Che Guevara, o Fidel Castro, o Pol Pot e o Paulo Freire. Eram horripilantes estas oito criaturas infernais. Repulsivas. Repugnantes. Trevosas. Fediam à sujeira luciferina. Regurgitavam enxofre dia e noite - e antes de o dia e a noite existirem. Bostejavam sem cessar. Na cabeça deles, satânica, um intestino demoníaco, que produzia idéias diabólicas, que, um dia, iriam causar, na Terra, o caos. Demônios escatológicos, davam à luz, melhor, às trevas, pelo nariz, criaturazinhas horripilantes, que, assim que lhes saíam do corpo infernal, neles penetravam, pelo umbigo, subiam-lhes até a boca, e dela saltavam para fora, incansavelmente. Após centenas de bilhões de anos de existência, tais criaturazinhas infernais decidiram subir à superfície da Terra, onde encontraram ambiente favorável às suas maldades. Invisíveis aos olhos humanos, em muitas pessoas enfiaram-se - e as controlaram sem encontrar resistência. E quanto mais pessoas governavam, maior era a perdição que assolava o mundo. E aproxima-se o apocalipse... E no inferno os oito satânicos gozam de uma vida de delícias, delícias infernais...

A intolerância dos defensores da liberdade de expressão

- O Porta dos Fundos, ô, bozominion fascista!, usou da liberdade de expressão para falar daquele tal Jesus que você, um idólatra, diz que é Deus. A religião é o ópio do povo.
- O Paulo Freire é um energúmeno.
- Não ouse difamar o Paulo Freire. Ele é o educador dos oprimidos. Libertou o espírito dos educandos. Vá se ferrar, bozominion nazista! Você é intolerante! Você é racista!
- Estou usando da minha liberdade de expressão para falar o que eu penso do Paulo Freire, aquele energúmeno...
- Liberdade de expressão tem limites. Você a usa para caluniar o maior pedagogo do Brasil. Torturador!
- A pedagogia do oprimido é o ópio dos esquerdistas!
- Bozominion nazista! Lula livre! Resistência é sobrevivência! Mariele vive!

Piadas e piadas

Faça uma piada com as girafas amazônicas - e prepare-se para a saraivada de apupos que os defensores da liberdade e da democracia descarregarão contra a sua humilde pessoa. Faça uma piada com Zumbi dos Palmares - e prepare-se para o bombardeio que os defensores da liberdade e da democracia lançarão contra a sua bela figura. Faça uma piada com Greta Thunberg - e prepare-se para a rajada de insultos que os defensores da liberdade e da democracia dispararão contra a sua honra e a de sua mãe. Faça uma piada com Jesus Cristo - e caia nos braços acolhedores dos defensores da liberdade e da democracia.

Cântico de Natal - de Charles Dickens

É este conto uma das mais famosas histórias de Natal da literatura universal. É seu autor Charles Dickens, escritor de obra volumosa, um dos grandes nomes da literatura universal, criador dos amados Oliver Twist e David Copperfield. Neste seu Cântico de Natal é o herói o sovina, ranzinza e taciturno Ebenezer Scrooge, proprietário da casa comercial Scrooge & Marley. Principia-se a história na antevéspera do Natal de um ano qualquer. O herói de Charles Dickens despede-se, rudemente, de seu sobrinho e dispensa, grosseiramente, as pessoas que lhe vão solicitar auxílio aos pobres. Em sua loja, numa noite fria, só, recebe a visita do espectro de Jacob Marley,  seu antigo sócio, falecido dois anos antes, com ele mantêm um curto diálogo e ele lhe diz que o visitariam três espíritos, um em cada noite. E desperta, sobressaltado. Pouco depois, apareceu-lhe aos olhos um espírito, o espírito do Natal passado, o primeiro dos três que o espírito do seu falecido sócio lhe anunciara. Tem ele aparência idosa e infantil; usa túnica branca e cinto luminoso; e adorna-lhe a cabeça um ponto de luz. Numa viagem através do tempo, para o passado, o espírito conduz Ebenezer Scrooge para os anos de infância dele, até uma localidade rural, o campo então coberto de neve. E passa diante dos olhos de ambos os viajantes imagens do tempo de menino de Ebenezer Scrooge, tempo de alegria - e ele chora; e em seguida, ele se vê moço, na cidade, numa véspera de Natal, no interior de um armazém, propriedade de Fezziwig, seu patrão, a desincumbir-se, juntamente com outro empregado, seu amigo, Dick Wilkins, de algumas tarefas. Encerrado o expediente, Ebenezer Scrooge, o seu amigo e o seu patrão, animados, convertem o armazém num salão de baile, preparando-o para a festa que nele se daria à noite. À festa comparecem, além da esposa e das filhas de Fezziwig, empregados dele e outros convidados. Divertem-se todos. É a alegria contagiante até o final do baile. E seguem através do tempo a dupla de viajantes mais alguns anos: agora está Ebenezer Scrooge mais velho, transparecendo no rosto sinais de avareza e preocupação; e Belle dele se separa porque ele, insensível e indiferente, estava apaixonado pelo vil metal. E dão outro salto no tempo o herói e seu guia espiritual até a véspera de um Natal. E aos olhos deles aparecem imagens do interior de uma casa. Nela está um casal, ele, feliz, ela, Belle, também feliz; e os filhos deles, buliçosos, abrem os pacotes de presentes. Atormentado pelas imagens que se desenrolam diante de seus olhos, e emocionado a ponto de debulhar-se em lágrimas, Ebenezer Scrooge pede para o espírito não mais lhe mostrar tais cenas.
E vai-se embora o espírito do Natal passado.
E para o herói apresenta-se o segundo espírito, o do Natal presente, um gigante bonachão, que, mesmo de elevada estatura, pode entrar nas casas pequenas, menores do que ele. Carrega o espírito consigo um archote aceso, à cintura um cinto antigo e, vazia, uma bainha enferrujada. No quarto, magicamente modificado, em que se encontra Ebenezer Scrooge, há, nas paredes e no teto, folhagens, e, no chão, alimentos de inúmeros gêneros. Ao tocar o manto do espírito, o herói é transportado, de imediato, às ruas da cidade, repletas de gente animada, feliz, encantadoramente alegre, sob a neve, na manhã de Natal. Ao toque dos sinos, o povo recolhe-se à igreja; e pobres, de becos e vielas, abrigam-se às padarias, para o jantar. E o espírito do Natal presente abençoa a todos. Em seguida, ele e o seu companheiro de viagens dirigem-se à casa do caixeiro deste, Bob Cratchit, que, fica-se sabendo, sendo por ele mal remunerado, mal consegue responder às obrigações de sua numerosa família. A cena sucedida no interior da casa de Bob Cratchit, Charles Dickens narra-a, em poucas páginas, com a maestria que lhe fez a fama, e cria um símbolo da iconografia ocidental, um ícone que representa, em toda a sua autenticidade, a família íntegra, cristã, indissolúvel; contempla a beleza de uma família, que, mesmo numa vida de necessidades, encontra razões para agradecer a Deus o bem que Ele lhe faz. É tocante a cena. E não se ouve da boca de nenhum dos membros da família de Bob Cratchit palavras de descontentamento, de rancor, de ressentimento, de raiva - o único momento em que o clima festivo se desfaz se dá quando o patriarca menciona Ebenezer Scrooge, que não é benquisto na casa.
E o espírito e Ebenezer Scrooge dão sequência à peregrinação: visitam um charco, onde há mineiros, uma cabana onde há um casal de velhos e seus filhos e netos, um farol a léguas da costa no qual há dois guardas, e um navio, no qual há marinheiros e oficiais da guarda. Em todos estes locais, as pessoas, entusiasmadas, cantam canções natalinas, rememoram histórias passadas, divertem-se.
E chegam na casa do sobrinho de Ebenezer Scrooge, onde os convivas participam de conversas animadas e brincadeiras divertidas. E enquanto assiste ao espetáculo encantador que eles proporcionam Ebenezer Scrooge anima-se.
E seguem viagem os nossos dois personagens. Eles passam por hospitais, terras longínquas, asilos. E o espírito envelhece. E de suas túnicas retiram-se duas crianças  esquálidas, um rapaz e uma garota: é ele a Ignorância, e ela a Miséria, ambos filhos da desgraça humana.
E vai-se embora o espírito do Natal presente.
E aparece a Ebenezer Scrooge o terceiro espírito, o espírito do Natal futuro, que é assustadoramente silencioso e se lhe revela envolto em manto preto. E seguem ambos para o centro da cidade, onde, aproximando-se de alguns homens, que conversam, ouvem-lhes as palavras - eles falam, indiferentes, de um homem que falecera dias antes; e em outro ponto da cidade, ouvem a conversa de dois negociantes, que gozavam de considerável poder e influência - eles também falam do homem então falecido, com indiferença, desinteressados. E rumam para um ponto miserável e imundo da cidade, de ruelas e becos fétidos, até uma loja cuja aparência não desperta nenhuma simpatia e cujo proprietário, Joe, um homem de uns setenta anos, recebe a visita de três pessoas - duas mulheres e um homem, elas, uma jornaleira e uma lavadeira, ele, um agente funerário - que a ele levam objetos que haviam surrupiado da casa abandonada, disseram, desdenhosos, de um morto, que, segundo eles, era um tipo odioso, desprezível. Ao assistir à cena que se lhe descortina diante dos olhos, Ebenezer Scrooge se convence de que aquelas quatro personagens falavam do falecido do qual outras pessoas falavam e concluiu que fôra ele em vida um homem desprezível.
E rumam os heróis de nossa história para uma casa, na mesma cidade - e Ebenezer Scrooge vê, num quarto, abandonado, um cadáver. E dirigem-se ao interior de outra casa, cuja esposa, rodeada de filhos, aguarda, ansiosa, pelo regresso do marido, que, chegando, fala de Ebenezer Scrooge, que por eles não é citado, cuja morte alegrava-os - eles eram devedores dele.
E vão ter à casa de Bob Cratchit, onde estão mãe e filhos, e para onde regressa Bob Cratchit de uma visita ao cemitério; e sabe-se, aqui, que Tim, o filho do casal, está morto.
Em seguida, passam à frente da casa de Ebenezer Scrooge, e este, ao olhar para o interior dela, vê que era outra a mobília que a adornava e que, no escritório, outro, e não ele, era o homem sentado à mesa.
E chegam, então, à última estação da viagem: o cemitério. Ao ler o seu nome numa pedra tumular, Ebenezer Scrooge compreende o significado da sua experiência, certo de que o morto, um homem odiado, de quem todos falavam com indiferença e desdém, era ele, Ebenezer Scrooge.
E vai-se embora o espírito do Natal futuro.
E no derradeiro capítulo deste maravilhoso conto, Ebenezer Scrooge, tocado pela experiência mística que tanto o impressionara, transmuda-se num homem generoso, bondoso, e envia um peru assado a Bob Cratchit, cujo ordenado ele aumenta; e entrega donativos para o homem que, em sua loja, lhe solicitara auxílio e ele o enxotara; e vai à igreja; e brinca com as crianças; e entretêm os mendigos; e vai à casa de seu sobrinho, para jantar; e estreita relações com o pequeno Tim, filho do casal Cratchit. Ele esbanja tanto dinheiro e sorrisos, causando tal espanto e admiração nas pessoas, que pensaram, até, em pô-lo numa camisa-de-força e arremessá-lo num hospício. Tocado pelo espírito do Natal, ele deixa de ser o avarento tristonho e mal-humorado e se converte num homem bondoso, generoso, de alegria contagiante.
É este conto de Charles Dickens, uma obra-prima da literatura, perfeita reprodução do espírito natalino; daí a sua boa fama, que se perpetuará até o fim dos tempos. Uma história natalina mais bela do que esta pode ser lida no Novo Testamento.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Amores e ódios esquerdistas

Os esquerdistas não amam os pobres; eles odeiam os ricos. Os esquerdistas não amam os trabalhadores; eles odeiam os empresários e os capitalistas (e os empresários e os capitalistas não trabalham?). Os esquerdistas não amam os ban... Ops! Corrijo-me: os esquerdistas amam os bandidos; e odeiam os policiais.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Esgoto e água tratada

Li, na página de Caroline de Toni, deputada federal, que 100 milhões de brasileiros não têm esgoto e 35 milhões não têm água tratada.
Peço a Deus que ninguém queira me convencer de que o Lula e a Dilma, conforme reza a lenda, ao darem cabo da pobreza, levaram esgoto e água tratada a todos os brasileiros, e de que Temer, aquele golpista sem eira nem beira, e o Bolsonaro, aquele fascista!, destruíram o legado petista, e de que, agora, o Bolsonaro, aquele nazista!, no desejo de recuperar a sua popularidade, que, dizem, está em franca descensão, apresenta, aquele demagogo!, política de levar esgoto e água tratada a todo o Brasil apenas para esconder os seus crimes e se dizer homem do povo.

.... e falando em clima...

Os brasileiros Luiz Carlos Molon e Ricardo Felício, meteorologistas gabaritados, dedicam-se, há décadas, ao estudo do clima. E ignoram-los os meios de comunicações e os lacradores, que preferem dar atenção à tal de Greta Boneco Chuck Thunberg, uma pirralha fruto do cruzamento do Mumm-Ra com a Estocadora de Vento.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Conto progressista

De um conto moderno, o prólogo e o epílogo.
Prólogo.
Diz o professor progressista, na sala-de-aula:
- A Igreja é opressora. A família é opressora. A polícia é opressora. A Igreja, a famíla e a polícia sustentam a sociedade patriarcal opressora. O pai é opressor. Oprime o filho. A mãe é opressora. Oprime o filho. O marido é opressor. Oprime a esposa. Os pais são opressores. Oprimem os filhos. O professor é opressor. Oprime os educandos. O policial é opressor. Oprime os bandidos. A família inibe os instintos de seus membros. Temos de liberar os instintos de todos; só assim, as pessoas, gozando de liberdade irrestrita, podem ser autenticamente livres. Os oprimidos têm de se revoltar contra os opressores. E os opressores são o pai, a mãe, o policial, o padre, o professor. E a polícia. E a família. E a Igreja.
Epílogo.
Na escola A, dois alunos espancaram um professor. Na escola B, um aluno esfaqueou um professor. Na escola C, três alunas esmagaram a cabeça de uma professora à pauladas. Na escola D, um aluno...

Bolsonaristas e esquerdistas, unidos pelo bem do Brasil

- Bolsominion fascista, temos de lutar pelo fim dos privilégios dos deputados federais e dos ministros do STF. Eles têm muitos privilégios, muitas regalias. Ganham uma nota preta, dinheiro do povo trabalhador, povo que vive na miséria, passa fome...
- Concordo, esquerdista. Concordo. Os deputados federais do PT, do PSOL...
- O PT e o PSOL têm deputados federais?!
- Têm. E eles têm inúmeros privilégios. Estão riquíssimos. E os ministros do STF, que apóiam o PT e...
- Os ministros do STF apóiam o PT?!
- Eles decidiram pelo fim da prisão após condenação em segunda instância. E quem foi favorecido? O Lula, o José Dirceu...
- Os ministros do STF beneficiaram o Lula e o Zé Dirceu?!
- Sim. E outros políticos do PT...
- Lula livre! Lula livre! Bozo nazista!
- O Lula já foi solto, esquerdista. Ei?! Aonde você vai?
- Bozo fascista! Mariele vive! Mariele vive!
- Ô, esquerdistinha, volte aqui. Vamos nos manifestar contra os deputados federais e os ministros do STF...
- Resistência é sobrevivência! Bozo machista!
- Aonde você vai? Vamos unir forças... Ô, esquerdista... Temos de nos manifestar em favor de uma política que acabe com os privilégios dos políticos e...
- Ele não! Bozo racista! Leonardo de Caprio, meu herói!
- Volte aqui, esquerdistinha. Vamos deixar nossas diferenças de lado...
- Greta Thunberg, salvadora da Amazônia! Greta Thunberg, filha de Pachamama!
- Pelo bem do Brasil, esquerdista, vamos, unidos, lutar contra os deputados federais e os ministros do STF. Aonde você vai?
- Salvem as girafas amazônicas! Bozo torturador!
- Aonde você vai? Vamos, unidos, lutar pelo Brasil...
- Lula livre! Lula livre! Resistência é sobrevivência! Di Caprio, meu herói! Ele não! Ele não! Mariele vive! Mariele vive! Greta Thunberg! Greta Thunberg! Bozo fascista! Bozo nazista! O Estado opressor é o macho estuprador! Lula livre! Lula livre!

domingo, 8 de dezembro de 2019

O fundo eleitoral e os esquerdistas

O Congresso Nacional aumentou o valor do fundo eleitoral, de dois bilhões de reais para quase quatro bilhões. Muita gente, indignada, esbraveja, e com razão, e dispara petardos contra os congressistas, principalmente contra o presidente do Congresso. Mas os esquerdistas, não. Por quê? Ora, os esquerdistas - que adotam uma visão-de-mundo anticapitalista, têm no dinheiro da iniciativa privada um recurso demoníaco, que corrompe as almas, e nos empresários e nos capitalistas (nem todo empresário é capitalista e nem todo capitalista é empresário) seres malignos, inescrupulosos, que destróem tudo o que tocam - sempre se opuseram ao financiamento privado de campanhas eleitorais, campanhas, estas, que devem ser financiadas com dinheiro público, exclusivamente, para haver lisura no processo eleitoral, dizem. Ora, os políticos têm à escolha duas fontes de recursos: a privada (dos empresários e dos capitalistas) e a pública. Se por meios legais, eles não podem obter recursos da iniciativa privada, então só lhes resta a opção de obter recursos de origem pública, isto é, o dinheiro público, quero dizer, o dinheiro suado do povo. Não demonizassem tanto os empresários e os capitalistas, admitiriam que estes poderiam financiar políticos, assim dispensando-os de colher dinheiro público.
No Brasil, o povo é obrigado a financiar políticos que não o representam, que querem oprimi-lo, aniquilá-lo e destruir o país. E esta situação só existe porque a mentalidade anticapitalista prevalece, e não apenas na cabeça de esquerdistas.
Com o aumento do Fundão, os esquerdistas se calam, por duas razões: primeira: porque os políticos de esquerda são os principais favorecidos; segunda, e não menos revelante: se criticarem os congressistas que aumentaram o valor do fundo eleitoral, ouvirão questionamentos que não estão dispostos a responder e terão de apresentar propostas que promovam a redução do fundo eleitoral, o que os obrigará a aventar a possibilidade de financiamento privado das campanhas eleitorais, o que não os agradará nem um pouco.

Lula livre! e a triste realidade

- Lula livre! Lula livre!
- O Lula já foi solto, ô, idiota!
- Eu sei, bolsominion. Eu sei. Mas continuarei a gritar 'Lula livre" para não aceitar a triste realidade: Lula, um cadáver político desprezado pelo povo, recebe ovada na cara, onde quer que esteja, e é elogiado de tudo quanto é nome. Pô, bolsominion, tenha dó de mim. O Lula tá um bagaço. Eu acredito que ele é um herói, a alma mais honesta do Brasil, mas... mas... O que eu vejo? Vejo que o Lula é só um zé-mané cheio de minhocas na cabeça, desmiolado, que fala a torto e a direito as coisas mais sem-razão que se possa dizer, e... pô, bolsominion, a realidade é triste.
- De fato, o Lula tá um bagaço. E fede carniça.
- Pô, bolsominion, assim você me desanima.
- Acorde. E não fuja da realidade.
- Mas... mas... Bolsominion, eu acredito, desde que me entendo por gente, que o Lula é um herói; que o Lula salvou o Brasil; que o Lula acabou com a pobreza; que o Lula acabou com a fome, e... e... E você, bolsominion, e outros bolsominions, dizem que é tudo mentira... aí eu vejo, nas redes sociais, notícias... notícias que provam que na época do Lula os pobres continuaram pobres; que... que as crianças, nas escolas, não aprendiam nada que preste; que... que os casos de assassinatos, por ano, aumentaram, e muito; que... que milhões de brasileiros não tinham água boa para beber, e nem rede de esgoto... e... e são revelados muitos pobres... e que o Lula apoiava o cara que hoje governa a Venezuela e mata o povo venezuelano de fome... e a presidenta do PT é a favor daquele homem... e... e... Pô, bolsominion, agora eu sei que o Lula é uma desgraça... Mas eu... Pôxa, eu acreditei... eu acredito... Não posso deixar de acreditar... Não posso acreditar que eu estive enganado durante todos esses anos, não posso.
- Aceite a realidade, petistinha. O Lula já era. Ele é hoje o que sempre foi: um sujeitinho desprezível.
- Mas... mas... Bolsominion...
- Adeus, amigão.
- Lula livre! Lula livre! Lula livre!

O Fundão e os esquerdistas. Nunca foi pela educação.

No mês de abril, o ministro da educação, Abraham Weintraub, anunciou o contingenciamento de verbas (alguns bilhões do nosso rico dinheirinho) do Ministério da Educação. E despencou uma catadupa de ofensas e xingamentos na cabeça dele e na do Bolsonaro. Os esquerdistas, indignados, clamaram aos quatro ventos que o Bolsonaro, aquele fascista! aquele nazista! cortou a verba da educação; que ele queria prejudicar as áreas de filosofia e sociologia porque, sendo nazista e fascista, não quer que o povo saiba pensar com a própria cabeça, e coisa e tal. Fizeram os esquerdistas o diabo. Mas sejamos compreensíveis: os esquerdistas desconhecem o significado de 'contingenciar' e o de 'contingenciamento', e por esta razão eles os confundem, respectivamente, com 'cortar' e 'corte'. Nas notas de rodapé, eu, compreensivo, deixo para os esquerdistas interessados (isto é, nenhum) o significado das duas palavras que tanta confusão faz na cabecinha deles.
Decorridos cinco meses, o ministro da educação anunciou o descontingenciamento de 5,8 bilhões do nosso rico dinheirinho contingenciados no mês de abril - e os esquerdistas esqueceram-se de dar tal notícia. E quem deles a esperaria ouvir, se eles disseram, meses antes, que o ministro cortara, e não contingenciara, as verbas? Conservaram os esquerdistas silêncio sepulcral a respeito. É compreensível. Agora, neste início de dezembro, os nossos amados congressistas, capitaneados pelo adorado Rodrigo Maia, para elevar o orçamento do Fundo Eleitoral, de 2 bilhões do nosso rico dinheirinho para 3,8 bilhões, retiraram 380 milhões da educação. E o que dizem os esquerdistas? Nada. Conservam-se em silêncio ensurdecedor. E por quê? Por que foram os deputados de esquerda, heróis deles, que votaram a favor do aumento do popular e famigerado Fundão. A gritaria histérica dos esquerdistas há cinco meses nunca foi pela educação.
Notas de rodapé:
1) Contingenciar: verbo: em Economia: "Controlar (despesas) do orçamento governamental para evitar desequílibro financeiro no decorrer de um exercício". - Google
2) " O contingenciamento consiste no retardamento ou, ainda, na inexecução de parte da programação de despesa prevista na Lei Orçamentária em função da insuficiência de receitas. Normalmente, no início de cada ano, o Governo Federal emite um Decreto limitando os valores autorizados na LOA, relativos às despesas discricionárias ou não legalmente obrigatórias (investimentos e custeio em geral). O Decreto de Contingenciamento apresenta como anexos limites orçamentários para a movimentação e o empenho de despesas, bem como limites financeiros que impedem pagamento de despesas empenhadas e inscritas em restos a pagar, inclusive de anos anteriores. O poder regulamentar do Decreto de Contingenciamento obedece ao disposto nos artigos 8º e 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)." - site do Ministério da Economia, artigo "O que é contingenciamento?", publicado no dia 22/05/2015.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Rui Barbosa e Dilma Roussef

Rui Barbosa foi um mestre da eloquência. Dono de uma oratória requintada, de hom gosto, grávida de estilo barroco forjado na leitura do padre Antônio Vieira. Se, por algum inexplicável fenômeno espaço-temporal, ele se teletransportasse para os nossos dias e tivesse a felicidade de ouvir os discursos de Dilma Roussef, por esta se apaixonaria perdidamente.

A má educação dos brasileiro

Segundo pesquisas internacionais, os alunos brasileiros, já em estágios avançados de escolaridade, revelam-se ignorantes nos assuntos elementares.
O péssimo desempenho deles indica a falência do sistema educacional nacional. Se eles não aprenderam, após nove, dez anos de escolaridade, o que se entende como o mínimo aceitável, conclui-se que o sistema educacional privilegia a ignorância, e não o conhecimento, pois, se assim não fosse, eles não ascenderiam na escala escolar, indo de uma série escolar para a seguinte sem conhecer o mínimo necessário para dar sequência a uma vida de estudos correta e proveitosa. Aqui, cabe algumas observações: os professores transmitem aos alunos um conjunto de conhecimentos, e nas provas avaliam o que eles aprenderam, e, dependendo do desempenho deles, premiam-los com novas altas, ou com notas baixas, com a licença para seguirem à série subsequente, ou com a repetência; são os professores, portanto, os responsáveis pela formação dos alunos; sendo assim, se os alunos revelam-se, após dez anos de escolaridade, ignorantes, deve-se concluir que os professores fracassaram em sua responsabilidade em transmitir-lhes conhecimentos. Pode-se, aqui, apresentar, uma objeção "Os alunos são ignorantes porque não cumpriram com o dever deles: o de estudar", à qual se pode replicar com duas interrogações "Se os alunos não estudaram as lições que os professores lhes deram, e, portanto, não aprenderam o que tinham de aprender, como eles passaram de série ano após ano chegando ao fim da jornada escolar ignorando o que deveriam saber? Ou eles, conscienciosos, estudaram com afinco e assimilaram as lições que os professores lhes passaram?" À primeira, responde-se: "Os alunos passaram de séries, avançando ano após ano, até a conclusão da vida escolar, porque o sistema educacional é falho; se não o fosse, eles seriam barrados no primeiro ano do qual não sairiam enquanto não aprendessem o que o bom-senso recomenda", e à segunda: "Os professores têm um nível cultural baixo, sofrível, pois entendem que os alunos, adquirindo certos conhecimentos, conhecimentos que eles, professores, lhes transmitiram, estão aptos a seguirem nos estudos, em séries mais avançadas; os alunos, todavia, revelam-se ignorantes; os professores, portanto, não lhes deram os conhecimentos apropriados, mas os que assim o consideraram, o que deles revela o baixo nível de conhecimento".

A função do professor

Se a única função dos professores é transmitir conhecimento, então nove em cada dez professores podem ser demitidos, pois o conhecimento está disponível em ótimos livros e sites.

O Método Pedagógico dos Jesuítas (Ratio Studiorum) - do Padre Leonel Franca, S.J. - Editora Agir

A má fama dos jesuítas, injustificada, é produto de uma época inimiga figadal da arte superior, da moral, da distinção clara de valores, e amiga fraternal do relativismo, da negligência, da desídia, da indisciplina, da desordem, do niilismo, do caos, da mentalidade revolucionária e anárquica.
Os inimigos da Companhia de Jesus, e da Igreja, disseminaram dos jesuítas a reputação de homens brutos no trato com os povos que contataram. É esta uma idéia fora da realidade - no Brasil, ninguém desconhece o nome de José de Anchieta, cuja biografia foi enodoada por estudiosos desonestos a serviço dos inimigos da Igreja, e cuja obra junto aos silvícolas brasileiros, povos pré-cabralinos, é valiosa, inestimável, vindo Anchieta a estudar o idioma tupi e a verter para tal idioma a Bíblia, e a catequizar os povos com os quais manteve contato, mas o propósito de sua obra recebeu tratamento injusto dos inimigos da Igreja. Devido à imerecida má fama dos jesuítas - estes, apenas mencionados, despertam ódio visceral, irracional, em quem lhes ouve o nome, e, não raro, reação intempestiva, violenta, inclusive de gente que se tem na conta de culta, respeitosa, tolerante, desprovida de preconceitos e amiga da Igreja -, devido à imerecida má fama dos jesuítas, prossigo, ninguém ousa dedicar-se ao estudo dos atos da Companhia de Jesus, ao da biografia do maior de seus heróis, Inácio de Loyola, e ao das de outros jesuítas, menores, e mesmo assim de elevada estatura moral, e ao da influência do pensamento dos jesuítas na formação da cultura ocidental - preferem muitos dar ouvidos aos inimigos da Companhia de Jesus e adotarem como verdadeiras todas as difamações e calúnias que eles contra ela arremessam do que dar voz à razão e revelar boa-vontade em conhecer-lhe a história, a verdadeira história.
O livro do padre Leonel Franca auxilia a pessoa interessada na valiosa obra dos jesuítas a saber o que eles promoveram em seus colégios, com o seu método pedagógico, o Ratio Studiorum, uma obra de valor inestimável.
Privilegiam os jesuítas, em sua pedagogia, o amor à linguagem correta, usada com esmero, obtendo-a os alunos com a leitura dos clássicos gregos e latinos, e o bom falar, que os alunos adquirem com exercícios de retórica.
São exercícios literários dos alunos, no processo de aprendizagem do bom uso do idioma, da expressão clara, límpida, traduzir os clássicos gregos e latinos para o idioma vernáculo nacional e retraduzir a tradução em vernáculo para o idioma original; e copiar as obras gregas e latinas; e redigir textos imitando-lhes o estilo.
Compreendem os jesuítas o valor da emulação entre os alunos, emulação saudável, que visa o aprimoramento contínuo, assim a todos beneficiando com a elevação do padrão cultural; e o da memorização; e o do rigor da obediência, 
Ao contrário do que reza a lenda, não são os jesuítas brutos, desumanos, homens de coração de pedra; na sua pedagogia, os jesuítas contemplam o castigo corporal, mas como último recurso, esgotados todos os outros. Primam os jesuítas pela compreensão, espirituosidade, paciência e inspiração. Sabem que é essencial, na formação da pessoa, o engrandecimento da alma; só assim se forma, acreditam, o homem pleno, de espírito íntegro, uma fortaleza moral.
Têm os professores dos colégios jesuítas boa cultura literária e ótima formação filosófica. 
A formação dos saídos dos colégios jesuítas é primorosa. Nomes respeitáveis da literatura e da filosofia universais foram educados pelos jesuítas. Para ilustrar tal afirmação, menciono alguns de merecida fama universal: Cervantes, Lope de Vega, padre Antonio Vieira, Molière, Bossuet, Goldoni; e os brasileiros Cláudio Manuel da Costa e Rocha Pita.
É inestimável a contribuição dos jesuítas para a cultura universal. Infelizmente a obra deles é desconhecida do público, que lhes tem horror, não porque os conhece, mas por, desconhecendo-os, forma, deles, uma imagem repulsiva, considerando, não a obra deles, mas a propaganda difamatória, caluniosa, financiada pelos inimigos da igreja, propaganda que lhes emprestam a figura dos seres mais iníquos da história universal.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Os esquerdistas e as suas propriedades: os seres humanos

Os esquerdistas apropriaram-se de todas as "minorais", de todas as classes que, segundo eles, são oprimidas pelos fascistas, e as defendem com toda a bravura do universo. São proprietários dos negros, dos homossexuais, das mulheres, dos pobres. Dão-se como defensores do bem em luta renhida contra o mal. Rotulam-se democráticos; seus oponentes, portanto, são anti-democráticos e têm de ser eliminados da vida pública, da existência. Sendo democráticos, os esquerdistas lutam em defesa dos oprimidos, contra os opressores, os direitistas, que se lhes opõem no embate político, e os rotulam fascistas e nazistas e racistas e homofóbicos e machistas. Portanto, democráticos, em defesa do supremo bem, vão os esquerdistas em favor das classes oprimidas (negros, homossexuais, pobres, mulheres), contra as opressoras; assim sendo, consideram desprezíveis, imbecis, "ideologizados", cooptados pelos fascistas os negros, os homossexuais, os pobres e as mulheres que lhes rejeitam a abnegada proteção e  que não se genuflexionam, reverentes, diante das estátuas dos heróis esquerdistas e que tampouco rezam pela cartilha da esquerda.

Esquerdistas: legítimos representantes do povo

Os esquerdistas, conquanto se apresentem como lídimos representantes do povo, o desprezam. Dou, aqui, alguns exemplos do antagonismo entre o povo e os esquerdistas: o povo não quer a liberação das drogas; apóia os policiais (e quer policiais mais bem armados e preparados; e, havendo confronto entre policiais e bandidos, entende que, dependendo das circunstâncias, aqueles têm de matar estes); é favorável ao encarceramento dos bandidos; quer penas mais rigorosas aos criminosos; ama a Igreja; respeita as religiões. E os esquerdistas querem a liberação das drogas; têm nos policiais seres truculentos a serviço de uma elite fascista, e os desprezam; querem desencarcerar os bandidos; querem penas mais leves aos criminosos, seres, segundo eles, amáveis e dôceis; odeiam a Igreja; e desrespeitam as religiões, que, para eles, são apenas o ópio do povo.
Como se vê, nenhum ponto de contato há entre o povo e os esquerdistas. Os valores daquele e os deste são divergentes, e não convergentes. São povo e esquerdistas água e óleo. Não se misturam. O amor dos esquerdistas pelo povo vale só da boca para fora; é só a substância de oratória demagógica.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Esquerdistas: os legítimos representantes do povo

Os esquerdistas se apresentam como representantes legítimos do povo, cujos valores respeitam e cuja liberdade defendem com o próprio sangue, dizem. E dão os conservadores como tipos desprezíveis que desprezam o povo. Procedem tal auto-imagem esquerdista e a imagem, criada pelos esquerdistas, dos conservadores?
Vejamos:
O povo é favorável à legítima defesa - os esquerdistas negam-lha, e atribuem ao Estado a exclusividade no uso da força contra os marginais; e os conservadores entendem a legítima defesa um direito natural, inalienável.
Para o povo toda pessoa tem o direito de decidir se frequenta, ou não, a escola, e cabe aos pais educarem, se o desejarem, os filhos em casa - os esquerdistas querem obrigar toda pessoa a frequentar a rede oficial de ensino; e os conservadores entendem que cabe aos pais a autoridade, única autoridade, reconhecida, quanto à educação dos filhos.
O povo não vê com bons olhos a ideologia de gênero - dela os esquerdistas são defensores intransigentes (e eles querem determinar a obrigatoriedade do ensino da ideologia de gênero, nas escolas, às crianças, inclusive às que ainda nem desmamaram); e os conservadores repudiam-na terminantemente.
Para o povo aborto é  assassinato de crianças - para os esquerdistas, é o aborto direito da mulher, que, seguindo o lema 'meu corpo, minhas regras', pode extrair do útero o "amontoado de células", criatura estranha (espécie de oitavo passageiro) que, de algum modo inexplicado, lhe adentrara o corpo (uma das razões alegadas para a remoção do 'corpo estranho' contempla as contingências econômicas adversas: não detendo recursos que lhe permite cuidar de uma criança, para evitar dissabores futuros a mulher pode decidir não pô-la no mundo; e outra razão tem caráter global: é o aborto um expediente de política populacional que, alegam os seus defensores, evitará a explosão demográfica, que redundará na superpopulação e no esgotamento dos recursos naturais); e os conservadores, intransigentes defensores da vida, opõem-se ao aborto, que é, sabem, um eufemismo de assassinato.
O povo tem na família a instituição essencial de uma sociedade saudável - os esquerdistas almejam aniquilá-la; os conservadores a valorizam.
Os exemplos elencados acima são suficientes, mais do que suficientes, para provar que são os esquerdistas inimigos do povo, e não seus amigos.
Diante de tais exemplos, os esquerdistas, de peito empinado, cheios de si, empavonados, arrotando superioridade, dizem: "O povo não tem educação. É ignorante. É inculto. Nós, esquerdistas, que dedicamos a vida ao estudo da sociedade, sabemos o que é bom e o que é ruim para o povo".

O preço da carne e o esquerdistinha

- Bolsominion, é melhor já ir se arrependendo! A carne tá cara! O Bozo, aquele fascista!, aumentou o preço da carne! Agora você, que é pobre, não terá carne no Natal. Eu avisei, bolsomion! Eu avisei!
- Ô, esquerdistinha, você sabe porque se deu, no Brasil, o aumento do preço da carne bovina? Porque há carne à venda. Entendeu? Se, no Brasil, não houvesse carne, nos açougues, à disposição de quem as pode comprar, ninguém reclamaria do aumento de seu preço. Agora, ô, esquerdistinha, você sabe em que país não há aumento do preço da carne, nem carne cara? Na Venezuela, o paraíso socialista criado por Nicolás Maduro, seu herói. E há carne na Venezuela? Há. Onde? Nos açougues? Não. Na rede de esgoto. Carne de rato. Os venezuelanos, famélicos, cadavéricos, descem ao esgoto, e aqueles que têm sorte apanham um rato coberto de imundícies, e o comem, às dentadas, vorazes, quase mortos de fome. Entendeu, ô, esquerdistinha!? O Brasil, bem ou mal, apesar dos pesares, oferece muita coisa boa para os brasileiros; carne, inclusive; já os paraísos socialistas... E o arremate: você, esquerdistinha, e os seus heróis esquerdistas, sempre fizeram, e fazem, de tudo, e mais um pouco, para destruir o agronegócio. Você já imaginou como estaria hoje o Brasil se vocês esquerdistas fossem bem-sucedidos na política de demonização, e a consequente destruição, da indústria agropecuária? Já!? O Brasil estaria de mal a pior, e você e outros duzentos milhões de brasileiros, para não morrerem de fome, teriam de descer à rede de esgoto à cata de ratos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Bolsonaro e a Lei de Cotas Para Pessoas Com Deficiência

Apareceu-me, hoje, uma imagem fantasmagória, tétrica, no Google: o título de uma reportagem de um site de notícias cujo nome não revelarei para que ninguém, excitado por irrefreável curiosidade, insensatamente o acesse. O título traz uma informação assustadoramente terrível: a de que o Bolsonaro quer acabar com as cotas para trabalhadores com deficiência. Li a reportagem... Meu Deus! E agora!? É cruel o Bolsonaro! Crudelíssimo! Ser ignominioso! Criatura desgraçada! Dou mãos à palmatória, e concordo, agora, com os anti-bolsonaristas: o Bolsonaro é, de fato, fascista e nazista. É um tipo soturno, saído da cloaca do capeta. É impio! E ímpio (atentem para o acento agudo no primeiro "i"). Meu Deus! Que morra Bolsonaro afogado nas águas do rio Estige! Que sua alma queime no inferno dantesco! Que tenha suas entranhas arrancadas toda noite por abutres! Que... 'péra'í! Por que eu estou a adotar como verdadeira uma notícia saída em mídia que, sei, mente mais do que... do que... do que a própria mídia (Aqui estou parafraseando a sentença popular "fala mais do que a própria boca")!? Quanta ingenuidade, Batman! Se a mídia mainstream, em sua versão digital... Ora, eu não posso acreditar, assim, tão piamente, no que meus olhos vêem. Quero dizer: acredito que li o que meus olhos me mostraram: uma notícia capciosa. Mas não posso acreditar na veracidade da informação colhida de tal mídia. Uma pulga a atazanar-me, decidi empreender uma pesquisa a respeito da questão tratada pela reportagem aludida; foi uma aventura desgastante; durante as horas dedicadas à sua empresa, enfrentei, e suplantei, graças a Deus!, o ciclope Polifemo e o gigante Adamastor (na versão digital deles, claro); enfim, deparei-me com o site da Câmara dos Deputados, e o acessei. Li, então, uma matéria, publicada, no dia 2 de novembro do ano que vivemos, e cujo título é: "Proposta altera regras para reabilitação profissional e contratação de pessoa com deficiência" em cujo corpo não há sequer um dado que corrobore a informação que tanto mal-estar causou-me vindo a me inspirar ao espírito um sentimento de ódio ao presidente Bolsonaro. O governo Bolsonaro, com o Projeto de Lei 6159/19 e a Medida Provisória 905/19, propõe alterações na, e não acaba com a, Lei de Cotas Para Pessoas Com Deficiências, sendo seu objetivo atender um milhão de brasileiros que recebem benefícios por incapacidade. E não darei os pormenores que li no artigo citado. E deixo de lado controvérsias que tal política (a de cotas) suscita. E dou fim à minha aventura. E vou-me embora pra Pasárgada...

Diego Hypólito, ministra Damares e Sérgio Nascimento de Camargo

Diego Hypólito, homossexual, ginasta brasileiro, um dos heróis do esporte nacional, após aparecer, em foto, ao lado do presidente Bolsonaro, foi ameaçado de morte. Damares Alves, mulher, ministra do governo Bolsonaro, recebe inúmeras ameaças de morte. Sérgio Nascimento de Camargo, negro, nomeado, por Bolsonaro, presidente da Fundação Palmares, é achincalhado, vilipendiado, chamado de capitão-do-mato e de racista. E não aparece nenhum representante do movimento gay em defesa do Diego Hypólito, nenhum feminista em defesa da ministra Damares e nenhum representante dos negros em defesa de Sérgio Nascimento de Camargo. Os defensores das minorias gay, mulher e negro (e os de todas as outras) só defendem quem é servil à cartilha progressista, politicamente correta; não admitem gays, mulheres e negros independentes, que não lhes subscrevem as políticas.

Toda opinião deve ser respeitada

- Toda opinião merece ser respeitada. Toda opinião tem o seu valor. Todas as opiniões são iguais.
- É sério, é!? Então eu, que nunca me dediquei ao estudo dos tatus, dou a minha opinião a respeito da origem deles: os tatus são criaturas jupiterianas, que, ao desenvolverem um elevado estágio de inteligência, construíram uma nave espacial, aterrissaram num meteoro que passava por Júpiter, e o meteoro, atingindo a Terra, aqui os deixou. Por alguma razão inexplicada, ao contato com a atmosfera terrestre, os tatus involuiram até o estágio em que se encontram. Esta é a minha opinião. Eu nunca estudei tatulogia, mas este detalhe é irrelevante, pois, se toda opinião tem valor e deve ser respeitada, então esta minha opinião é tão válida quanto as outras e deve ser levada em consideração.

Reforma da previdência

- A refoma da previdência irá prejudicar os pobres e favorecer os ricos. Bolsonaro fascista! Bolsonaro nazista!
- Ô carinha, eu vou imprimir uma cópia da reforma da previdência e trazê-la para você; e você irá me indicar os pontos que sustentam a sua opinião.
- Lula livre! Mariele vive! Elenão! Salvem a Amazônia! Resistência é sobrevivência!

domingo, 1 de dezembro de 2019

"Brasil acima de tudo; Deus acima de todos" e o esquerdistinha

- O Bolsonaro é fascista. Ele diz: "Brasil acima de tudo; Deus acima de todos". É uma fala de fascistas.
- Ô, esquerdistinha, os fascistas dizem: "Estado acima de tudo e de todos" e excluem Deus da história. O presidente Bolsonaro diz "Brasil...". Para ele o Brasil é sinônimo, não de Estado brasileiro, mas de nação brasileira, de povo brasileiro, portanto, ele, o presidente do Brasil, se põe abaixo do povo brasileiro, e não acima dele; ele se tem na conta de um homem que está a serviço do povo e não de um que é servido por ele. E acima do povo, ele põe Deus porque entende que o povo só é forte se, humilde, for obediente a Deus. E sabe, ô, esquerdistinha, quem tem o Estado acima de tudo e de todos e que exclui Deus da história? Você. Sim, esquerdistinha, você.

A fala do Bolsonaro

Assisti, hoje, ao discurso do presidente Jair Messias Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro.
O presidente tem uma fala direta, clara. Expõe com segurança e firmeza o seu pensamento.
Mas há quem diz que ele só fala besteira. E quem diz que ele só fala besteira? O carinha que vê sentido nas falas da Dilma Mulher Sapiens Estocadora de Vento Roussef.
É para rir, ou é para chorar?!

sábado, 30 de novembro de 2019

Fórmula Black Friday

É esta a fórmula matemática que, neste Black Friday, alguns lojistas usaram para calcular os preços de seus produtos e serviços:
Pbf = Po + D
Onde Pbf é preço Black Friday; Po, preço original; e, D, desconto.
Há de se entender que tais lojistas não entenderam, na sua ingênua ignorância, o significado de 'conceder descontos aos clientes'. Para eles, 'conceder descontos' não é sinônimo de 'subtrair do preço original o valor correspondente ao valor do desconto', mas 'somar ao...', pois, entendem eles, ao 'concederem' o desconto aos clientes estão oferecendo-lhes um produto (ou serviço - neste ponto há controvérsias), o desconto, portanto, o cliente que deseja adquiri-lo tem de pagar por ele.
É uma questão de semântica, e não de economia. E é injusto pensar que tais lojistas estão agindo de má-fé.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O homem que sempre tinha razão

Era seu objetivo precípuo dominar o mundo. Para tanto ele precisava moldar a mente de todas as pessoas. Entendeu que só seria bem-sucedido em sua empreitada se relativizasse a idéia de 'verdade'; pensou com os seus botões, e, ladino que era, encontrou uma fórmula para fazer valer o seu projeto: diria que a verdade é um consenso social; não existe a verdade; a verdade é o que todas as pessoas dizem que é; se na segunda-feira, houver o consenso 'pau é pedra e pedra é pau, então pau é pedra e pedra é pau - e doido-de-pedra e cara-de-pau é quem disser o contrário; e se na terça-feira o consenso for 'pau é pau e pedra é pedra', fica sendo verdade, então, que pau é pau e pedra é pedra - e cara-de-pau e doido-de-pedra quem se atrever a levantar uma objeção. Não tendo os meios apropriados para criar os consensos sociais, decidiu, víbora que era, patrocinar intelectuais e cientistas que se dispusessem a, usando de jargão sibilino, conceber teorias estapafúrdias que lhes emprestassem aura de seriedade aos olhos dos ingênuos. E assim foi feito. Compreendendo que seria impossível criar um consenso universal a respeito do que quer que fosse, optou por criar consensos menores, adstritos a certas áreas das ciências. E assim fez: em defesa de seus interesses, financiou pesquisas para criar, além de outros, três consensos sociais, isto é, três verdades absolutas: há o fenômeno do aquecimento global cuja origem está na ação humana; durante o regime militar os comunistas lutaram em defesa das liberdades democráticas; e, o povo brasileiro é racista. E assim criaram estes três consensos os cientistas, os historiadores e os sociólogos que ele financiou com recursos infindáveis. Muita gente, todavia, não ecoou tais consensos; desconfiou, torceu o nariz: alguma coisa não cheirava bem: a realidade não os corroborava, desmentia-os. E aqui entram em cena os poderosos meios de comunicação, e intelectuais e cientistas de todos os naipes, todos, em uníssono, a promover agressivas campanhas de persuasão com o fim único de profligar todo homem audaz que ousou dissentir do consenso. E sempre que, após apresentar uma de suas teses, que correspondia ao consenso que os cientistas e intelectuais às suas expensas esposavam, ouvia o homem que sonhava ter o mundo aos seus pés uma objeção, os meios de comunicação iam em seu socorro, silenciando vozes contrárias. E assim ele arvorou-se o homem que sempre tinham razão.

Da razão de os socialistas amarem os pobres

Os socialistas, tanto os pobres quanto os ricos, aqueles por ingenuidade, estes, uns, por um misto de ingenuidade e má-fé, outros, por má-fé, dizem amar os pobres, por cujo bem lutam heroicamente. Os socialistas ricos, conquanto amem os pobres, e encontrem na pobreza uma fonte de sabedoria e decência, não desejam se empobrecer, pois não se têm na conta de pessoas humildes e sensatas; são, entendem, pecadores, faltos da nobreza que lhes propiciariam, se pobres, usufruir dos bens espirituais e sapienciais que a pobreza oferece aos escolhidos, os pobres; daí os ricos resignarem-se à vida de riqueza e luxo que tanto mal lhes faz. E também não partilham, com os pobres, da riqueza que amealharam, nem sempre com honestidade, porque, se o fizessem, tirariam os pobres de sua vida de pobreza, assim roubando-lhes os meios naturais de alcançar a sabedoria e a decência que lhes é de direito.

O homem que odeia o pobres

Confesso: eu odeio os pobres; odeio-os tanto que desejo que todos eles se enriqueçam.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O criado-mudo e o racismo. Ou: Lamentações de um besta-quadrada.

Resigno-me a ouvir toda admoestação que porventura os abnegados progressistas, os únicos seres dotados de sabedoria, bom-senso e hombridade, queiram me disparar, chamando-me a atenção para a minha ignorância injustificada acerca da origem do nome de um móvel caseiro, o criado-mudo, que tenho, há décadas, em minha posse. Eu soube, há dois dias, que um dono de loja de móveis, conscientizado por ilustres progressistas, que se dedicam à ingente tarefa de erigir uma civilização justa, sem desigualdade, a cada indivíduo o Estado entregando o que lhe é de sua necessidade, não mais irá denominar criado-mudo o móvel que se costuma dispor à cabeceira da cama, pois tal nome remonta o período, de triste memória, da época do império, quando reinava sem obstáculos a escravatura. Passará a nomeá-lo mesinha, ou mesinha-de-cabeceira, ou outro nome qualquer, nome que a ninguém inspire a evocação de período tão negro da história brasileira. Corrijo-me: não era negro o período histórico aludido: era tenebroso. Sei, hoje, que, inocente, e ingenuamente, desrespeitei, todas as vezes que me referi à mesinha à cabeceira da cama como criado-mudo, os ancestrais dos brasileiros hodiernos, os negros, arrancados, estes, à força, da África, sua terra-mãe, que os nutria com seus peitos apojados de pureza de alma, sabedoria e energia inexaurível, pelos sórdidos lusitanos, que os transportaram, através do Oceano Atlântico, em navios imundos, e os despejaram nas terras que eles iriam adubar com o sangue. É vocábulo avoengo criado-mudo, de uma era que tenho de repudiar, imersa em trevas. De um idioma vetusto, de valetudinários, de um povo soez. Assim que me chegou ao conhecimento a sua origem bastarda, espúria, adoeci de uma infecção psicossomática, que me pôs acamado. É enfermiça a minha compleição. Convalescer-me-ei ao extirpar de minha alma a culpa pela crueldade que eu, sem o saber, promovi, e o mal que, involuntária, e inconscientemente, causei aos povos que brotaram das terras africanas. Meus atos, no entanto, são indesculpáveis, pois eu tinha o dever moral de me informar acerca da origem das palavras que emprego em minhas falas. Entendo, hoje, que o sofrimento do povo que teve cortado o seu cordão umbilical com a geratriz africana é um epifenômeno da época em que os homens de ébano eram vergalhados nos pelourinhos. Não mais, prometo, empregarei, para me referir ao móvel que jaz imóvel à cabeceira da cama como criado-mudo, tão malfadado substantivo. Não mais. Não mais incorrerei em tal desfaçatez. Não mais persistirei no uso de vocábulo tão desrespeitoso aos negros. Não mais.

domingo, 24 de novembro de 2019

A princesa que enganou a morte - e outros contos indianos

É o livro 'A princesa que enganou a morte - e outros contos indianos', da coleção Contos Mágicos, publicado, em 2.009, pela editora Aquariana, um bom apanhado de histórias indianas. Em suas um pouco mais de cem páginas, há estórias extraídas dos poemas épicos hindus Mahabharata e Ramayana e do folclore indiano. Protagonizam-las príncipes, deuses, monstros, demônios, mágicos, gigantes, ninfas, guerreiros, espíritos e outras entidades comumente encontradas em obras de tal gênero. São contos mágicos. Fenômenos sobrenaturais, inexplicáveis e inexplicados, dão o tom das aventuras.
Dos treze contos reunidos neste volume, nove são adaptações de estórias do Mahabharata e um do Ramayana. Os que mais me agradaram foram o que dá nome ao título do livro 'A princesa que enganou a morte (A história de Savitri)' e 'O brâmane e sua noiva, ambos extraídos do Mahabharata. No primeiro, a protagonista é uma rival de Sheherazade, personavem central de 'As mil e uma noites'; no segundo, há a encantadora e tocante história de amor de Ruru, jovem brâmane, por sua amada Pramadarva.
Os contos têm o doce sabor de 'As mil e uma noites'. Animam os espíritos que não sucumbiram ao vigente materialismo chão, infértil, pobre de criatividade, que destrói o espírito humano, aniquila-o com suas questiúnculas e mesquinharias. Ampliam a imaginação. São a porta de entrada para o mundo mágico da literatura clássica indiana.

Lula, herói nacional

Condenado, injustamente, à prisão, Lula, herói brasileiro, que acabou com a pobreza e a desigualdade social, proferiu, no seu berço político, numa oratória coroada de imagens grandiosas e metáforas exuberantes, que emula as peças de eloquência gregas e latinas, um discurso patriótico recheado de amor pelo povo que tanto o adora e para o qual tanto bem fez, excitando-lhe o fervor apaixonado a ponto de mobilizá-lo em sua defesa, numa inédita exibição cívica de gratidão e carinho por uma personalidade pública. O povo, saído às ruas, reprovou o juiz Sérgio Moro, que atendia aos interesses políticos de uma família de milicianos cujo patriarca seria sufragado pelos fascistas, e louvou Lula, o herói injustiçado, que se resignara, certo de sua inocência, à injustiça que o vitimara, para evitar distúrbios sociais que, profetizava, culminaria numa guerra civil. Preferiu Lula perder a sua liberdade do que ver o povo que tanto ama e que tanto o adora imerso numa guerra sem fim, sangrenta. E por amor pelo povo que muito o adora, Lula, que tanto o ama, martirizado, roubada de si a liberdade, sofreu num cárcere fétido e penumbroso durante meses, o Brasil então sob governo de um presidente ilegítimo que, para alçar-se ao poder máximo da nação, empregara meios escusos, após a usurpação da cadeira presidencial pelo vampiresco Michel Temer, político ladino que, usando de expedientes criminosos, destronara, com um golpe de estado, a ínsigne presidenta Dilma Roussef.
O tempo encarregou-se de corrigir as injustiças que Lula sofreu.
Liberto dos grilhões que lhe manietavam os movimentos, e de peito repleto de benevolência e abnegação, numa postura nobre e elegante, não alimentando-lhe a alma o rancor e o ressentimento, todo o seu pensamento voltado para o bem do povo que tanto ama e que tanto o adora, com uma rajada brilhante de oratória épica, revelando-se por inteiro em seu temperamento heróico, em sua valentia, perdoou os que injustamente o encarceraram, inspirando ao povo sentimentos de carinho e gentileza, nobres e elevados, amainando-lhe o desejo de vingança que nutria por aqueles personagens que tanta injustiça cometeram. E o povo acolheu Lula em seu seio amoroso, reconhecendo-lhe o inestimável valor de sua grandiosa obra. E cantou-lhe loas. E carregou-o nos braços, a louvá-lo, a adorá-lo, numa festa cívica inédita.
*
Nota de rodapé: o relato acima nenhuma correspondência tem com a realidade; para os esquerdistas vale a narrativa, e não a verdade. E que ninguém se surpreenda se daqui alguns anos encontrarem, nos livros de história, um relato com tais ingredientes.

Diferença básica entre direitistas e esquerdistas

Diferença básica entre direitistas e esquerdistas: Os direitistas, realistas, sabem que têm vícios, defeitos, que são imperfeitos. Admitem, portanto, que não têm a licença, que ninguém lhes concedeu, para impor a outras pessoas suas idéias, sua visão-de-mundo particular; e que as outras pessoas usem da liberdade, que não é uma concessão, mas um direito natural de toda pessoa, em suas ações e sejam responsáveis pelas consequências delas resultantes. Com tal mentalidade, são tolerantes. Já os esquerdistas, que têm de si mesmos a imagem de seres perfeitos, donos da cosmovisão verdadeira, querem impô-la a todas as pessoas, para com ela erigir a civilização perfeita, de homens perfeitos, homens perfeitos, estes, que só existem na imaginação esquerdista. Tal mentalidade os faz intolerantes.

Genocídio negro

Os esquerdistas, em sua miopia política, intelectual e moral, associam os policiais aos homens brancos e os bandidos aos homens negros, para sustentar um discurso falacioso e uma visão-de-mundo irrealista, insana, a de que, desde a origem do universo, os homens brancos, eternos opressores, seviciam os homens negros, eternos oprimidos.
Em sua mentalidade doentia, associando os policiais a agentes de opressão, entendem que eles, opressores, sãos, todos, obrigatoriamente, brancos, e os negros, vítimas deles. Ora, se os policiais e os bandidos são classes antagônicas, e o papel daqueles é combater estes, ao afirmarem que os policiais promovem o genocídio negro, eles associam, automaticamente, os negros aos bandidos, dados, todos estes, da raça negra. Para fazer valer seu discurso doentio de luta de classes, segregam as raças branca e negra em dois agrupamentos antagônicos, o dos policiais, composto, exclusivamente, de brancos, opressor, portanto, e o dos bandidos, constituído de negros, unicamente, o dos oprimidos; e subvertem os valores, fazendo dos policiais vilões, tipos desprezíveis porque brancos, e os bandidos, seres bons, de boa índole porque negros, objetivando, assim, criar, no imaginário popular, duas idéias distorcidas, a de que os policiais são criaturas crudelíssimas e a de que os bandidos são vítimas deles.
Há preconceito maior do que o dos esquerdistas? Em sua política, há distinção entre as raças branca e negra, esta representando o mal encarnado e aquela o bem absoluto - mas não o mal e o bem eternos, e, sim, os dos revolucionários, subvertidos.
Os esquerdistas são bandidólatras, ninguém há de negar. É de mentecaptos a mentalidade esquerdista. É insana a mentalidade esquerdista. E o discurso acusatório, o de que os policiais promovem o genocídio negro, é o suficiente para revelar, deles, a sordidez.

Brasil sem bandidos

- Eu e alguns amigos meus criamos uma campanha: "Brasil sem bandidos". Você nos apóia? - pergunta um direitista para um esquerdista, que esgoela-se, histérico, ensandecido:
- Bolsominion fascista! nazista! torturador! racista! machista! Salvem as girafas amazônicas! Abaixo o genocídio negro! Lula livre! Mariele vive! Ele não!

Consciência negra

"Consciência negra" é a senha para a submissão do negro ao politicamente correto, ao progressismo, à política segregacionista, que dá a raça negra, estreme, superior à branca, um arianismo às avessas, sem a mestiçagem cantada em prosa e verso pelo homem brasileiro. No discurso negrista o negro faz a vez de raça superior, aos negros garantidas todas as liberdades, inclusive a de difamar, ofender, caluniar os brancos, e pedir-lhes a extinção. A vindita. Ou a revindita. Os negristas, e não os negros (na legião negrista, coletivo militante revolucionário de esquerda, há muitos brancos - nem todo negrista é negro e nem todo negro é negrista), os negristas, e não os negros, prossigo, intensificam os ataques destemperados aos brancos, defecando catilinárias recheadas de estúpidez e preconceito, numa postura típica de mentecaptos, dezarrazoada, lutando contra monstros que lhos engrendam a mente perturbada por uma cosmovisão satânica. Apresentam-se como aventureiros quixotescos em luta renhida contra moinhos de vento. Tal comparação é desrespeitosa para com Cervantes e sua lendária e extraordinária criatura, Dom Quixote, pois as façanhas cavaleirescas deste herói imaginoso têm o seu humor, o seu encanto, a sua graça, e ele tem a sua sensibilidade, a sua espirituosidade, a sua sensatez, a sua lucidez, a sua sapiência, a sua luz; enquanto que as aventuras dos negristas lhas inspiram a mentalidade subversiva de revolucionários desumanos, crudelíssimos. É a servilidade do negro ao politicamente correto, ao progressismo, ao esquerdismo, ao movimento comunista o fim dos patrocinadores da "Consciência Negra". Os negros já cooptados pelos agentes do movimento subversivo de inspiração anti-cristã, que, tais quais sereias, os seduziram com sua voz melíflua, são usados, por estes, numa guerra cujo ato derradeiro, se bem sucedidos, será o de exterminá-los. Crêem-se injustiçados pela sociedade que lhes feriu os ascendentes de quatro, cinco gerações antes; todavia, gozam de vida confortável propiciada por bens concebidos em imaginação pelo gênio de homens brancos de origem européia e por estes materializados, e residem em países cujas cultura, política e religião majoritária, que lhes foi transmitida pelos brancos, os favorecem enormemente. São herdeiros de uma cultura que os privilegia, mas eles a querem renegar, pois vivem na doce ilusão de que, em sua ação vingativa, obterão justiça e restabelecerão a ordem natural, universal, que consiste, não na aventada igualdade entre as raças branca e negra, mas na superioridade desta sobre aquela, esta gozando liberdades àquela negados, liberdades que contemplam, inclusive, o direito inalienável de incorrer em crimes que atentam contra a existência daquelas - é este o valor subjacente ao discurso negrista, em sua superfície supostamente igualitário.

Violência no Brasil

Do ano 2.000 até o ano 2.016, o aumento dos casos de assassinatos, no Brasil, foi da ordem de 27,5%, passando de 45.433 assassinatos por ano para 57.962. Tais dados escancaram o descaso dos governos petistas com a segurança pública. Avaliando-os por estados da federação, sabe-se que os mais prejudicados pela política de segurança pública, inexistente, dos governos Lula e Dilma foram os do Nordeste, que, segundo a lenda, é reduto eleitoral do PT e cujo povo ama Lula, idolatra-o, adora-o. Na Bahia, os casos de assassinatos saltaram de 1.233 por ano para 6.097, um aumento expressivo de 399%, índice assustador de 39,91 assassinatos por cada grupo de 100.000 habitantes. O número correspondente ao estado da Bahia, preocupante, não é o mais significativo do descaso do governo federal e dos governados estaduais no período contemplado pela pesquisa. No estado do Rio Grande do Norte o que se viu foi terrivelmente pior: em 2.000 foram assassinados, no estado potiguar, 251 pessoas, e, em 2.016, 1.848, um aumento de assustadores 636% dos casos de assassinatos por ano, um índice proporcional de 53,18 assassinatos por cada grupo de 100.000 habitantes. Tais informações revelam o resultado da política, inexistente, de segurança pública dos governos petistas.
E deve-se avaliar um dado: o do aumento percentual de 27,5% dos casos de assassinatos, em toda a federação brasileira, durante o período pesquisado. Uma informação é indispensável: no estado de São Paulo foram perpetrados, no ano 2.000, 15.641 assassinatos, e 4.238 assassinatos no ano 2.016, uma queda brutal de 73% dos casos de assassinatos por ano, correspondendo a um índice quase civilizado de 9,47 assassinatos por cada grupo de 100.000 habitantes, longe dos baixos índices encontrados nos países ricos e desenvolvidos. Mérito, aqui, dos governos de Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB.
Uma informação, antes das palavras finais, nos últimos trinta anos (correspondente ao período que se inicia em 1.986 e se encerra em 2.016), o aumento dos casos de assassinato, no Brasil, por ano, aumentou expressivos, e preocupantes, 124%.
Os dados citados acima indicam o descaso dos políticos da esquerda com a segurança pública; não são resultados de uma negligência inocente, omissão em decorrência de escassez de recursos (embora tal fator possa ser aventado, não justifica números tão elevados de aumento dos casos de assassinatos em período tão curto), mas de uma política deliberada para engendrar o caos social, e assim obrigar o povo a pedir, melhor, suplicar, subservientes, proteção ao Estado, oferecendo-lhe, em seu desespero, a cabeça àqueles que têm manuseiam os mecanismos da guilhotina.
Não se pode desconsiderar três outros pontos importantes: o governo federal e seus tentáculos desrespeitaram a decisão soberana do povo brasileiro, que decidiu pelo direito, em referendo, ao posse e porte de armas-de-fogo por todo cidadão honesto, respeitando-se certas exigências legais; a bandidolatria que inspira, no Brasil, políticas e leis, em atendimento à mentalidade revolucionária e anarquista que move o pensamento de inúmeros juristas, legisladores e intelectuais; e, o sucesso obtido, em São Paulo, na segurança pública é usado, pelos desarmamentistas, como argumento em favor da exclusividade de posse e porte de armas-de-fogo por agentes de segurança do Estado.
Em linhas acima eu declarei que a escassez de recursos não justificam o aumento da violência, no Brasil, nos últimos trinta anos; e para corroborar tai declaração digo: nos seis primeiros meses deste ano de 2.019, produziu-se um queda, em todo o Brasil, da ordem de 22% dos casos de assassinatos em comparação com o mesmo período do ano passado: de 27.371 para 21.289; nos estados do Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará, a queda foi superior a 30%. E ninguém há de dizer que o governo Bolsonaro conta com recursos públicos inexauríveis.

Fontes:
1) Gazeta do Povo, Homicídios no Brasil de 2.000 a 2.016 - publicado em 15/2/18, atualizado em 21/2/18.
2) G1, Brasil tem queda de 22% no número de mortes violentas no 1 semestre, revela Monitor da Violência - publicado em 1/9/19.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Racistas e anti-racistas

É impossível, dizem os brasileiros anti-racistas, que algum brasileiro, natural de um país, o Brasil, racista, não seja racista. Neste caso, os brasileiros anti-racistas também são racistas.

Três drogas

Maconha e cocaína destróem a inteligência, é fato. E o esquerdismo é ainda mais destrutivo. Toda pessoa sensata chega à tal conclusão bastando, para tanto, ouvir, atentamente, as palavras ditas por maconheiros, cocainômanos e esquerdistas.

Mitos modernos

O Brasil precisa, urgentemente, de folcloristas da estirpe de Câmara Cascudo, para reunir, em livro, os seguintes contos populares modernos frutos da imaginação fantasiosa de tipinhos desmiolados: Mulher Sapiens Estocadora de Vento; Molusco, o homem mais honesto do Brasil; e, A Girafa Amazônica.

Evangelho dos idiotas

Do Evangelho dos Idiotas:
"Os policiais estão causando o genocídio negro."

Che Guevara, herói esquerdista

Che Guevara, herói dos esquerdistas, fuzilava, ao paredão, os dissidentes cubanos, alvejando-os com um tiro na nuca - com ternura, claro.

Heróis e heróis

Heróis dos direitistas: os policiais.
Heróis dos esquerdistas: os bandidos.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

O grito de guerra dos desmiolados

- Sou contra o racismo! Abaixo os racistas! Consciência negra! Consciência negra! Os brancos matam os negros! Os brancos estão causando o genocídio negro! Os brancos são racistas! Morte aos brancos! Lula livre! Ele não! Mariele vive!

Vítimas da sociedade e os violentos

- Os policiais são violentos e truculentos - palavras do carinha que também diz que os assassinos e estupradores são coitadinhos, bonzinhos, vítimas da sociedade.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

De uma leitura de Gilberto Freyre

Durante a leitura, ontem, do livro 'Homens, engenharias e rumos sociais', de Gilberto Freyre, deparei-me com um trecho que ilustra a sem-razão da política, de inspiração marxista, dos que objetivam separar brancos e negros em classes distintas eternamente antagônicas. Gilberto Freyre condena, veementemente, a importação, para o Brasil, de artefatos intelectuais adventícios que nenhuma contribuição oferecem ao estudo do tipo brasileiro, do homem brasileiro, de sua realidade histórica e cultural. Para ele, a política que interpreta a realidade social brasileira pela lente marxista, de separação das raças, a branca e a negra, em classes sem nenhum ponto de contato, visceralmente antagônicas, é um desserviço ao Brasil, um país cujo povo é produto do amálgama de tipos oriundos de todas partes do mundo, tipos os quais, em terras brasileiras encontrando um ambiental social e cultural favorável, desvencilharam-se dos grilhões que, em outras terras, lhes impediam o movimento pelas mais diferentes categorias sociais, raciais, culturais e religiosas.
Querem, vê-se, os que almejam produzir, no Brasil, o caos social, estimulando nas pessoas os mais baixos sentimentos, cooptando-as com oratória demagógica, arremessar os negros contra os brancos, não para, como alegam, eliminar as injustiças existentes. Querem produzir o caos, eu já disse, e repito, e para tanto promovem a luta de classes, e para eles os negros pertencem à uma classe, antagônica, esta, à dos brancos.

Falsos heróis brasileiros

Zumbi dos Palmares, e Mariele Franco, e Carlos Marighela, e Lula Molusco e Dilma Estocadora de Vento, a búlgara - estes dois ainda vivos mas já canonizados pelos esquerdistas -, não são, nunca foram, e jamais serão, heróis brasileiros. São personagens desprezíveis que o movimento revolucionário de raiz progressista, politicamente correto, esquerdista, enaltece para substituir por eles os heróis - os verdadeiros heróis - nacionais, e assim criar um panteão, que representa, dizem os que financiam o movimento de subversão de valores que se traduzirá, se bem-sucedido, em uma ruptura civilizacional, o que de melhor e mais valioso o Brasil produziu, mas que é constituído, sabe toda pessoa sensata, de um punhado de nulidades, marginais, criminosas não poucas delas. Ou alguém em sã consciência acredita, sinceramente, que os tipos acima elencadas, ombreiam-se com Joaquim Nabuco, José Bonifácio de Andrada e Silva, Dom Pedro II, Machado de Assis, Visconde de Cayru, Barão do Rio Branco, e outras personagens grandiosas cujas biografias são, infelizmente, praticamente desconhecidas dos brasileiros!?

Dia da Consciência Negra

Se nesta efeméride sem razão de ser - e que só serve para alimentar falsas narrativas, a de que o povo brasileiro é racista e a de que o negro é a eterna vítima do branco, seu eterno algoz -, o Dia da Consciência Negra, deseja-se valorizar os negros e a excelência de sua contribuição para a formação da cultura brasileira, que se dê o devido valor há quem o têm, e não a figuras obscuras e controversas. Zumbi dos Palmares é um mito de pés de barro, incensado pelos progressistas, intelectuais de miolo mole, artistas irrelevantes: Que se dê valor ao Machado de Assis, ao Lima Barreto, ao Cruz e Sousa, negros brasileiros de extraordinário talento que têm obra conhecida, registrada em biografias que podem ser compulsadas por qualquer brasileiro letrado.

Memórias Póstumas de Brás Cubas, capítulo LXVIII, O Vergalho

No capítulo LXVIII, o Vergalho, de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis descreve uma cena inusitada, que colide frontalmente com o discurso esquerdista-progressista, politicamente correto: um negro alforriado, Prudêncio, numa praça, vergasta um negro, seu escravo. Para não dizerem que minto, reproduzo o capítulo:

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Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeu-mas um ajuntamento; era um preto que vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir; gemia somente estas únicas palavras: – "Não, perdão, meu senhor; meu senhor, perdão!" Mas o primeiro não fazia caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.
 – Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!
 – Meu senhor! gemia o outro.
 – Cala a boca, besta! replicava o vergalho.
Parei, olhei... justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o meu moleque Prudêncio – o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele deteve-se logo e pediu-me a bênção; perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
 – E, sim, nhonhô.
 – Fez-te alguma coisa?
 – É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.
 – Está bom, perdoa-lhe, disse eu.
 – Pois não, nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!
Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjeturas. Segui caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente perdido; aliás, seria matéria para um bom capítulo, e talvez alegre. Eu gosto dos capítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episódio do Valongo; mas só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das pancadas recebidas, – transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe um freio na boca, e desancava-o sem compaixão; ele gemia e sofria. Agora, porém, que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar, dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava: comprou um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam as sutilezas do maroto!

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Nota: Machado de Assis era um escritor consciencioso. Descreveu um traço da realidade brasileira do período retratado. E ninguém há de dizer que ele fantasiou tal cena.

Zumbi dos Palmares

Zumbi dos Palmares era um zumbi. Seu nome deveria figurar no elenco de Walking Dead, e não nos livros de história do Brasil.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Nada a ver com Bolsonaro

- Eu odeio o Bozonaro, aquele fascista! Eu odeio o Bozonaro, aquele nazista! Eu não quero fazer nada que o Bozonaro, aquele torturador! faz! Eu não quero ter nada em comum com o Bozonaro, aquele racista! O Bozonaro respira! Eu não quero mais respirar! Eu nunca mais vou respirar! Ele não! Lula livre! Mariele vive!

Bolsonaro e DPVAT

- Eu odeio o Bozonaro, aquele fascista! Eu odeio o Bozonaro, aquele nazista! O Bozonaro acabou com o DPVAT! Eu quero pagar o DPVAT! Eu vou pagar o DPVAT! Bozonaro não manda em mim! Ele não! Lula Livre! Mariele vive! 

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

É guerra

No exército esquerdista estão o Lula, o Zé Dirceu, o Haddad, a Maria do Rosário, a Gleisi Hoffmann.
No exército bolsonarista estão as Tias do Zap.
Bolsonaro já ganhou a guerra!!!!!!!!!!!!!!!!!

Lula solto

O Lula tá solto, babaca! mas segue condenado em primeira e segunda instâncias.

Coisas de esquerdistas

23,59: No Chile, o povo, soberano, levanta-se contra Sebastián Piñera, aquele fascista! aquele nazista!
00,00: Na Bolívia, o povo, fascista! nazista! derrubou, num golpe, o Evo Morales, presidente que luta pela democracia.
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23,59: Na Venezuela, Hugo Chávez, agora presidente, socialista, bolivariano, implementará políticas socialistas, e acabará com a desigualdade social provocada pelo capitalismo.
00,00: A Venezuela transformou-se num inferno, onde pessoas, para não morrerem de fome, comem cachorros, e ratos, que elas pegam nos lixões. Culpa do Trump, aquele fascista! aquele nazista!

sábado, 9 de novembro de 2019

Uns Braços (Várias Histórias) - de Machado de Assis

Um conto singelo de Machado de Assis, escritor que, muita gente entende, era desprovido de imaginação, e dono de uma obra que peca pela ausência de paixões humanas, no dizer daqueles que não a apreciam. Uns Braços, do volume Várias Histórias, impressiona todo leitor sensível. É seu tema a paixão platônica de um jovem de quinze verões pelos braços de uma mulher de vinte e sete primaveras. Este é o fio condutor do enredo. Em certo trecho da aventura, revela-se a confusão de sentimentos da mulher pelo jovem que lhe admira, apaixonado, os braços. Sente-se a mulher amada, e insegura, ao saber do amor que ele lhe tem. É o herói da história, Inácio; e o objeto de sua paixão, D. Severina, que vive maritalmente com Borges. A vida do jovem Inácio, que mora na casa de Borges, para quem trabalha, é solitária, rotineira, entediante, e dela ele pretende fugir, indo-se embora; todavia, ele, atraído pelos braços de D. Severina, permanece na casa, aturando os impropérios e as descomposturas do irascível, grosseiro e mal-humorado Borges, sujeito intragável. Sob as ordens deste, desimcumbe-se - nem sempre a contento, pois mergulha, com frequência, em devaneios nos quais se perde, gostosamente, animando-os os braços nus de D. Severina - Inácio de seus afazeres, nas visitas a cartórios, em suas relações com distribuidores, escrivães e oficiais de justiça. Um dia, D. Severina, pensativa, suspeita da causa da distração de Inácio; e esforça-se para afastar de si tal suspeita -, em vão, pois a realidade lha confirma. Modifica, a partir de então, o seu trato com o jovem Inácio; com rispidez responde-lhe; e por poucos dias conserva tal postura; logo põe-se a tratá-lo com desvelo de mãe e carinho de irmã mais velha. Em um certo domingo, dormia a sono solto Inácio, estendido, em seu quarto, numa rede, a porta aberta, e à porta pôe-se D. Severina, que fica a observá-lo em sono profundo. E sonhava Inácio. E era D. Severina a sílfide que lhe animava o sonho, que lhe traduzia os mais íntimos desejos. E no sonho colaram-se os lábios de Inácio e os de D. Severina. E não apenas no sonho. Foi simultâneo, no sonho e na realidade, o beijo. E para Inácio existiu o sonho, o sonho unicamente, sonho do qual recordaria, muitos anos depois, com agrado.
Neste conto, Machado de Assis conserva-se num plano mais elevado do que o nos quais se encontram os seus rivais. Não desce ao sentimentalismo insensato ao descrever o que vai na alma dos amantes, recheando-o de imagens piegas para traduzir os sentimentos das suas personagens, e tampouco é vulgar na exposição de cenas que animam a imaginação lúbrica de Inácio, jovem de quinze anos cuja mente concebe cenas repletas de luxúria, sob inspiração da figura de uma bela mulher pródiga de encantos; limita-se a descrever-lhe o que lhe vai no espírito, sem a pieguice e excesso de sentimentalismo dos românticos exaltados e sem a vulgaridade obscena dos realistas depravados.
Nesta segunda década do século vinte e um, época em que as mulheres exibem, publicamente, as costas, os pés, as pernas, a barriga, as coxas, e não apenas a cabeça, as mãos e os braços, e as desinibidas, ausentes de pudor, desembaraçadas, seminuas, expõem, e não unicamente no litoral, durante um banho de sol, mas em qualquer ambiente, o corpo, constrangendo os que lhes fitam, o criador de Simão Bacamarte, se vivo, jamais escreveria um conto tão singelo. Talvez.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Introdução à Nova Ordem Mundial - de Alexandre Costa [10 de 10]

No capítulo 10 - escrevo, hoje, 28 de agosto, quarta-feira, às oito da manhã -. o autor limita-se a reproduzir trechos de falas, livros e discursos de protagonistas da Nova Ordem Mundial. Presidentes dos Estados Unidos; financiadores da Nova Ordem Mundial; idealizadores do governo global, ou apenas simpatizantes do projeto; chefes de estado; e outras personagens, umas populares, outras não. Tais citações reforçam as idéias esposadas pelo autor - e ninguém irá dizer que ele é um teórico da conspiração, um sujeito com um parafuso a menos.
Nas "Notas Finais" e em "Passe Adiante", o autor reforça uma idéia que permeia todo o livro, idéia que é o objetivo inconfessado dos idealizadores e financiadores da NOM: a aniquilação do cristianismo. Para a ereção da nova civilização - que se dará sobre os escombros da atual -, totalitária, coletivista, tecnocrática, a moral cristã tem de desaparecer, e ser substituída por uma religiosidade vazia, materialista, destituída de qualquer apreço por valores trancendentais, resumindo-se a inteligência humana à mecânica, capaz, unicamente, de oferecer respostas condicionadas a estímulos artificiais criados por engenheiros sociais com o uso de técnicas psicológicas de persuasão.
O futuro vaticinado pelo autor é nebuloso; se realizados os sonhos dos poderosos do mundo, será o mundo, num futuro próximo, convertido no reino de Lúcifer. O autor, todavia, mesmo antevendo um futuro terrível se o avanço dos projetos dos construtotes da Nova Ordem Mundial não for barrado, afirma, em tom de orientação aos seus leitores, que há um meio de evitar que tal se dê: disseminar o conhecimento, expôr a NOM, tirar as pessoas da ignorância.
Ao final, o autor premia os seus leitores com um artigo escrito a quatro mãos, "Project Syndicate: o oráculo de George Soros", de Cristian Derosa e Alex Pereira, no qual eles tratam da concentração dos meios de comunicação nas mãos de meia dúzia de afortunados poderosos, e da homogenização da notícia e das abordagens pré-fabricadas que os fatos, selecionados à mão, recebem, para que se possa condicionar o pensamento de pessoas em todo o mundo.
E para auxiliar o leitor que se interessa pelo assunto Nova Ordem Mundial, o autor fornece uma lista de livros, documentários, entrevistas disponíveis na internet e filmes.
É o livro de Alexandre Costa uma introdução, como indica seu título, ao estudo da Nova Ordem Mundial; um guia para mentes inconformadas, e determinadas, que têm disposição, e coragem, para se debruçarem sobre livros e documentos.
*
Adendo: escrevo, hoje, 8 de novembro de 2019: pensei em reescrever a resenha, sintetizando o conteúdo do livro em poucas linhas, mas decidi conservar a redação original, uma espécie de diário de leitura.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

sábado, 2 de novembro de 2019

Introdução à Nova Ordem Mundial - de Alexandre Costa [9 de 10]

O capítulo 9, que li, ontem, 26 de agosto, trata, como o nome indica, dos meios de controle social, meios, estes, empregados pelos que têm o objetivo de erigir o governo ditatorial totalitário global. Exequível tal governo? Improvável. As forças que atuam no universo social humano são tão vastas e a variedade de tipos humanos tão imensurável que nenhuma inteligência pode obter os meios apropriados para construí-lo. Para erigir tal governo, acreditam os seus idealizadores, basta criar um novo tipo de homem, uniforme, homogêneo, massa coletiva amorfa, e matar o proteiforme, da natureza, dotado de inúmeras potências, provido de rico repertório de talentos. Este é o tipo que eles desejam reduzir às dimensões minúsculas de uma coisa desprovida de vontade, um objeto manuseável e moldável.
Os que se arvoram donos do mundo, da vida de todos os seres, de todos os fenômenos universais, travestiram-se de deuses, acreditam-se encarnações de entidades celestiais onipotentes. Darão com os burros n'água, pois o projeto que almejam concretizar não será concretizado. Manuseiam forças que não podem controlar. Infelizmente, muitos sofrimentos eles irão produzir durante o processo de ereção da natimorta Nova Ordem Mundial.
Ao mesmo tempo que oferecem às pesssoas comodidades, via tecnologia avançada, impensável há um século, com ela lhes cerceia a liberdade; o bem que fazem não raro são involuntários; não foi considerado no plano original. Tiveram de admiti-lo a contragosto.
É o Estado um dos elementos que os que se têm na conta de donos do mundo usam para oprimir o povo. É um mal necessário o Estado, que não é a fonte do problema. É o Estado uma abstração, e nele não está o mal, que existe na mentalidade de quem financia, promove, os indivíduos que o controlam.
Os meios de controle de pessoas aprimoram-se, sofisticam-se; assumiram aspectos tão complexos, que estão além da compreensão do comum dos mortais, e, também, não é exagero, tampouco absurdo, afirmar, dos potentados que os financiam com a sua riqueza ilimitada.
A internet permitiu a liberdade das pessoas, melhor, a fuga delas à opressão que as flagelava até antes de sua popularização. O seu acolhimento pelas pessoas dos países livres propiciou uma elevação inimaginável na capacidade de disseminação de conhecimento, de meios para o compartilhamento de idéias em todos os campos do conhecimento, aproximando pessoas distantes, povos distintos; no entanto, é inegável, também amplificou os meios de ação de grupos terroristas, de seres que, vivendo à margem da sociedade, desejam destruí-la. Boas e más idéias entrechocam-se na aldeia global. Transferiram para o mundo virtual o conflito eterno entre o Bem e o Mal (e o virtual é real também, mas em outro meio).
Todas as informações que, sem o saber, os usuários da internet, ingenuamente, disponibilizam na rede global de computadores, são reunidos, em poderosíssimos supercomputadores, e a elas dá-se uso que atende aos interesses de metacapitalistas, banqueiros internacionais, políticos. Os humanos estamos catalogados nos supercomputadores de órgãos governamentais e de empresas multibilionárias.
Informações interessantes, no livro, são as referentes à criação, pelo Pentágono, da internet, cujo nome de batismo era ARPANET, acrônimo de "Advanced Research Projects Agency Network"; ao CANIVORE; ao BEAST, acrônimo de "Brussels Eletronic Accounting Surveillance Terminal"; ao JFCOM9; ao Programa MK Ultra; ao Instituto Tavistock; à Inteligência Artificial.
Pesquisadores do Programa MK Ultra e do Instituto Tavistock empreenderam experimentos, dos quais participaram psicólogos, médicos, químicos e profissionais de outras áreas, todos objetivando aprimorar técnicas da ciência da persuasão, do controle do pensamento, utilizando substâncias químicas - uma delas, a dietilamida do ácido lisérgico, LSD -, promovendo música, sexo e drogas para a juventude, idéias de Herbert Marcuse. São os pais putativos da geração Woodstock e "Sexo, drogas e rock and roll". Um dado final, para encerrar o texto de hoje: "Programação Monarca" é técnica de controle mental capaz de substituir a personalidade de uma pessoa por outra personalidade.
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Adendo 1: hoje, 31 de outubro de 2019, escrevo: quanto às políticas de controle e fiscalização o mais controverso e assustador é o do crédito social empregado pelo governo chinês, comunista, com uso massivo de tecnologia de reconhecimento facial, e já em estágio embrionário no Brasil.
Adendo 2: livros recomendados: O Jardim das Aflições, de Olavo de Carvalho; e, A Teoria da Dissonância Cognitiva, de Leon Festinger.
Adendo 3: vídeos recomendados, no Youtube: de Débora G. Barbosa, MĶ Ultra - O Que é e Como Funciona?; de Casando o Verbo, O Assombroso Advento da Internet Quântica; e, Vigilância em Massa nas Fronteiras.